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sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Nem trinta por cento de mim

Um brinde aos trinta homens da minha vida! Alguns nem tão homens assim, outros nem "tão da minha vida", mas um brinde aos (até agora) trinta homens da minha vida! Hoje eu vou por a minha melhor roupa e vou dançar até as pernas doerem, mesmo que seja aqui, em frente ao meu espelho. Hoje eu vou deixar a melodia da música me envolver e levar todos os restos que insistem em continuar grudados em mim, assim como um carrapato que vai sugando tudo de você até quando puder. Hoje eu sacudir o meu cabelo como se fosse um espanador e vou espanar do meu quarto, da minha casa e do meu corpo todos os meus trinta ácaros! Hoje eu vou me despir da hipocresia, me despir da imagem de boa moça. Afinal, se eu sei que sou uma boa moça, pra que continuar com essa batina? Como a Tati já escreveu: "Meu número não era pequeno, mas meu coração também não!". O meu coração não era e nem é pequeno. A minha alma, o meu espírito, os meus sonhos, as minhas emoções, os meus desejos, os meus valores também não. Hoje não há nada do que me envergonhar, hoje não a nada o que esconder, hoje não há nada o que temer. O que passou, tá passado, então, eu pego a minha roupa novinha, cheirosinha e principalmente lisinha, para voltar a ser o que deixei de ser a algum tempo: eu. Alguns eu nem lembro o nome, outros eu demorei muito tempo para esquecer e talvez não tenha esquecido de verdade até hoje. Alguns levaram de mim apenas um dia, uma tarde ou uma noite, enquanto outros levaram milhares de minha noites banhadas em lágrimas. Alguns eu quis que sumissem após o primeiro beijo, outros sumiram antes que eu pudesse pegar nojinho deles. Alguns fizeram com que eu me arrependesse por muito tempo e outros fizeram com que eu pulasse de alegria durante mais tempo ainda. Alguns foram menos do que eu esperava mas tiveram outros que barraram todas as minhas espectativas. Alguns, assumo, foram apenas números na lista de uma menina ingênua e deslumbrada, enquanto outros foram marcas que até hoje existem no coração da mesma menina. Alguns me amaram o quanto puderam mas não puderam fazer com que eu sentisse o mesmo, mas eu compensação, eu também já amei o quanto pude e não pude fazer com que sentissem o mesmo por mim. Alguns me deixaram apaixonada no primeiro minuto pelos olhos, pelo cabelo, pelo rosto lindo ou pelo corpo perfeito mas me fizeram voltar atrás após a primeira palavra trocada, enquanto outros eu relutei em me aproximar pela beleza física desvavorável e me amarraram por um charme sem igual. Muitos deles significaram a mesma coisa pra mim: nada! Mas alguns poucos significaram tudo por bastante tempo. Hoje não esitarei em falar dos meus, ou quase meus, trinta homens, hoje estou sacudindo a poeira e guardando dentro de uma caixa colorida todas essas histórias, ou pedaços delas, uma a uma, sem me lamentar por tantas lembranças desbotadas. Porque nada se encaixa? Será que foi porque eu nunca me comportei como uma "prost" e as vezes que eu errei, as vezes que eu magoei, foi por, juro, inocência? Problema deles se foi, não nasci para comer capim, assim como não nasci para venerar o chão que eles pisam. Fecho a tapa colorida da caixa igualmente colorida que abriga tantas histórias em preto em branco. Acabo de guardar todas as lágrimas, dias tristes, desesperos, humilhações, arrependimentos e todo o resto que faz mal a mim. Deixo apenas os sorrisos, lembranças que não soem como perigo de uma recaída, momentos coloridos, assim como a caixa. A música está acabando mas o meu tempo de ser feliz, de ser minha está apenas começando. Sem essa ânsia de viver um grande amor, pois todas as vezes que a tive, eu nunca o tive, sem esse coração cheio de mágoas, sem sensação de alma pesada, sigo minha estrada sozinha, assim como comecei. Um dia quem sabe, eu encontre uns dois, ou três que valeram a pena de novo? Pois é, quem vai saber .. A saideira, por favor, para os trinta homens da minha vida, para os quase trinta que perderam muito mais do que eu no final das contas, para os que não foram nem trinta por cento do que eu ainda posso ser!

Beijinhos :*

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Não, eu não quero ser medíocre não!

Que Tati Bernardi me perdoe por usar sua expressão mas: "Não, eu não quero ser medíocre não!". Eu não preciso fugir do que as pessoas consideram impossível e optar pelo caminho mais fácil, eu posso derrubar as barreiras e chegar aonde eu julgo ideal. Eu não preciso de ninguém para fazer com que eu me sinta bonita, mulher, especial e completa, só o fato de eu estar aqui, viva, com um sorriso no rosto, mesmo que às vezes meio abalado, e muita felicidade para espalhar por ai mostra o quanto eu sou linda, especial e tenho tudo aquilo que preciso: amor próprio. Eu não preciso me adaptar as pessoas que eu não considero boas para estar ao meu lado, eu posso selecionar quem eu quero junto a mim, sem faltar com educação. Eu não preciso me contentar com pouco. Eu não preciso me contentar com uma nota mais ou menos, eu não preciso me contentar com um "meu amor", "gosto muito de você", "pode acreditar que sempre acreditarei em você e conversarei antes de tomar qualquer decisão" ou "minha linda", sem que haja realmente sinceridade nessas frases, eu não preciso me contentar com um gostar mais ou menos, eu não preciso me contentar com um amigo mais ou menos, eu não preciso me contentar com gostar de mim mais ou menos, eu não preciso me contentar com uma vida mais ou menos. Eu não sou mais ou menos, eu sou inteira e a partir dai posso correr atrás para que tudo aquilo que depende de mim seja feito do meu jeito, seja do meu jeito. Não, eu não quero ser medíocre não! Eu não quero ser uma pessoa vazia, eu não quero ser uma pessoa amargurada, eu não quero ser uma má amiga, eu não quero ser uma má filha, eu não quero ser uma má neta, eu não quero ser tudo aquilo que eu repudio. Eu não quero, então, eu não preciso ser. Minha vida é um vídeo game e o controle está nas minhas mãos. Eu posso escolher um adversário fraco para ter a certeza que vou chegar a algum lugar, mesmo que não seja ideal, sem muito esforço ou posso escolher um adversário a altura do que eu posso enfrentar e chegar muito além do que eu posso sonhar. Preciso fazer muitas outras escolhas, pois esta já foi decidida, antes do "game over", antes que não haja mais tempo de ser quem eu quero, antes que eu tenho me tornado alguém sem graça, sem brilho, alguém incapaz de lutar por si mesmo. A grande parte das pessoas não são como meus pais, eu não vou receber um abraço para me acalmar, nem aquilo que eu preciso na hora todas as vezes que um problema surgir. Minha vida é um vídeo game, eu sou uma borboleta. Chegou a hora de sair do casulo, chegou a hora de abrir minhas asas e voar para onde eu quero, não para onde os outros julgam melhor. Mas eu tenho que abrir minhas asas rápido, ou irão atrofiar-se e eu estarei condenada a viver uma vida ditada por outros, ou eu estarei condenada a eterna dependência ao que não depende de mim. Eu sou uma criança andando de bicicleta pela primeira vez, meus pais sempre estiveram ali me amparando mas tenho medo do que possa acontecer quando eles me soltarem. Chegou a hora de aprender a pedalar sozinha, mesmo que para isso, alguns tombos e machucados sejam necessários. Eu brinco com o amor assim como uma criança brinca de correr: eu arrisco para encontrar a felicidade nele, eu corro atrás do que eu amo, do que eu gosto, mesmo que chegue uma hora em que eu me atrapalhe e caia. Eu caio mas eu levanto e continuo correndo. Cair e continuar no chão não vai fazer com que nada aconteça além do meu tempo passar. Eu não posso ficar ali, vendo tudo que eu quero ser levado, eu preciso lutar pelo que eu amo mesmo que isso mude constantemente. Eu não preciso ter certeza de nada além de: EU QUERO SER FELIZ! A partir daí, terei a certeza de que todas as minhas decisões são certas, mesmo que elas não deêm certo, e finalmente poderei gritar ao mundo: Não, eu não sou uma pessoa medíocre não!

Beijos :*

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Acenda a luz, por favor!

Ontem eu tive uma das piores experiências da minha vida. Imagine você que eu estava numa festa dançando, conversando e me divertindo até que reparei num menino. Comentei com a minha amiga e preciso dizer que ela foi falar com ele? Bom, encurtando a história, ele sentou ao meu lado, conversamos um pouco e antes que pudesse rolar qualquer coisa, para minha sorte, ele tirou o boné e a luz foi ligada! MEU DEUS! Ele não era nem um pouquinho bonito, mas eu juro que a situação pode piorar! Em uma determinada hora ele tirou do bolso um cigarrinho, começou a fumar e eu a tossir igual a uma tuberculosa. Pois é, querida, graças a Deus a luz foi ligada. O menino fumante do boné não foi nada além do menino fumante do boné para mim mas mais tarde, antes de domir, uma dúvida ficou me atormentando, latejando, piscando, como aqueles letreiros luminosos, na minha cabeça: quantos meninos fumantes de boné já passaram pela minha vida? Claro que não estou falando no sentido literal mas sim, quantas pessoas que eu achava o máximo na verdade escondiam seu verdadeiro eu por trás de um bonezinho e uma ausência de luz? Perdi já a conta de quantas pessoas eu já me decepcionei ao longo da minha vida. Foram amigos, ficantes, namorados, paqueras, conhecidos .. todas as classificações possíveis. Perdi já a conta de quanto uma situação já me angústiou, já tirou o meu ar, o meu chão, já provocou aquele sorriso bobo no meu rosto, gargalhadas altas, e hoje eu nem lembro direito o que aconteceu. Perdi já a conta de quantas vezes usei as frases: "Não precisava ser dessa forma!", "Porque ele(a) é assim?", "Que decepção!", "Nunca mais vou gostar de alguém como gostei dele!", "Cansei! Nunca mais!". Tudo dito em vão. Tudo vêm, muda e volta, em todos os sentidos. Nada é eterno e se fosse, algumas coisas, mesmo depois de muito tempo, não teriam tanta graça, tanto brilho e não deixariam tanta saudade. Nem todas as pessoas serão sinceras, mesmo que elas não saibam disso, e se fossem, você não teria "aquela" afinidade e bem estar com uma ou duas pessoas. Afinal, você não teria um batalhão de amigos? Nem todos os seus relacionamentos vão dar certo, nem todos os meninos serão de verdade do jeito que você o vê hoje mas pense pelo lado positivo: tem coisa mais gostosa do que virar para sua amiga e dizer: "Nossa, onde eu estava com a cabeça quando chorei por isso?"? Levante a cabeça, lave o rosto e acenda a luz, por favor!

Beijo Beijo :*

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Finalmente, limpei meus óculos!

Andei pela rua e vi tantas pessoas. Tantas pessoas passam por mim todos os dias e eu, num misto de egoísmo, distração e inocência, as vejo apenas como simples pessoas. Hoje tentei imaginar a história de cada um que passava ao meu lado, o que irônicamente meu deu mais força para seguir aquilo em que eu acredito, aquilo que eu almejo ser. Eu tento, juro, mas é impossível não reclamar da vida quando o meu cabelo está feio, quando eu aperto os meus pneuzinhos e digo: "OLHA COMO EU ESTOU UMA BALEIA!", quando eu sempre acho que acabei de perder o último homem da minha vida ou quando eu me sinto horrorossa, mesmo estando com a mesma cara de sempre. Eu tento não ser fútil, assim de leve às vezes, mas não consigo. É maior do que eu. Imaginei quantas pessoas que eu julgo sem importância venceram doenças, superaram perdas de pessoas realmente queridas, passaram necessidades, venceram obstáculos. E eu aqui, reclamando do meu cabelo que nem está tão feio assim. Imaginei quantas pessoas acordam ainda quando está escuro para trabalhar e no final do mês não têm nem um salário correspondente a minha mensalidade escolar, quantas pessoas são injustiçadas pela vida e não têm as mesmas oportunidades que eu estou tendo agora. O poder está nas minhas mãos, a minha vida irá ter o molde que eu quiser. Eu posso escolher, eu posso controlar, foi ai que eu imaginei quantas pessoas são obrigadas a aceitar o que a vida proporciona a elas, não por comodismo, mas por necessidade. E eu aqui, reclamando das minhas gordurinhas que nem são tão gigantes assim. Andando mais um pouco me deparei com tantas crianças e imaginei quantas irão seguir caminhos na contramão, por não terem talvez os pais que eu tenho, por não terem a orientação que eu sempre tive, mesmo quando eu era nova demais para entender o que de fato eu ainda não entendo direito. E eu aqui, reclamando da minha vida por causa de um menino que nem consegue viver longe da barra da saia da mamãe. Me senti péssima, me senti o maior monstro do mundo. Como eu posso parar a minha caminhada por esta longa rua que se chama "vida" simplesmente porque o meu cabelo está ruim, porque a balança não marcou o número que eu quis ou por causa de um frouxinho? Tantas pessoas seguem com fé, com força, com um sorriso no rosto e eu aqui, nem na metade do caminho, derrotada, entregue por problemas que eu idealizei como problemas. Quando eu estava quase no fim da rua eu avistei uma senhorinha, uma velhinha parada olhando para o nada. Na hora senti muita pena. Como deve ser ruim envelhecer, como deve ser frustrante constatar que a sua vida está chegando ao fim, como deve ser ruim ficar parada olhando para o nada. Num súbito e impulsivo movimento eu sorri para a senhora e para a minha surpresa ela me devolveu um outro sorriso mas muito mais bonito do que o meu. O sorriso dela não tinha frustração por ver sua vida chegando ao fim, nem se sentia desonfortável pro estar ali, imóvel, muito pelo contrário, ela tinha muito mais vida que eu! Era um sorriso de orgulho por ter vencido tantas coisas, por ter conquistado tantas outras e mais ainda por estar ali, por ter a oportunidade de contemplar, de se emocionar com a vida que ela pode construir. E foi assim, quase no final da minha caminhada diária que eu percebi o quanto eu posso ser forte, o quanto eu posso ser melhor do que eu sou sem pisar em ninguém com um simples "desculpa", "obrigada", "por favor", "dá licença", o quanto eu ainda posso conquistar, o quanto tudo depende só de mim. Depois desse dia, eu continuei o meu caminho cotidiano pela mesma rua com pessoas diferentes, mesmo que em suas essências fossem iguais as anteriores, mas com certeza eu não era mais a mesma.

Beijos enormes :*

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

No dia em que eu sorri, nosso fim chorou

Hoje eu acordei tão bem, que nem me lembrei dos dias que eu já levantei sem ânimo para encará-los. Hoje eu estudei tanto, que nem me lembrei das vezes que me julguei burra e sem graça. Hoje eu olhei pro espelho e gostei tanto do que eu vi, que nem me lembrei que existiam ali algumas gordurinhas. Hoje eu saí de casa tão feliz, que nem me lembrei que em algumas horas a tristeza bate, me sacode e me faz sentir dores que eu não imaginava que continuavam ali. Hoje eu entrei no meu quarto e fiquei tão feliz em ver tudo bonitinho, tudo do meu jeito, que nem me lembrei que ele já foi palco dos meus choros e ataques desesperados. Hoje eu olhei minhas fotos antigas e me deu uma saudadezinha tão gostosa de mim mesma e de todos os meus sonhos, encantos e descobertas, que nem me lembrei do quanto eu torcia para ter 15,16,17 anos e provavelmente sentirei o mesmo quando tiver 30. Hoje eu me senti tão livre, tão minha, andando com os meus cabelos voando contra o vento, que nem me lembrei das vezes que passei pelo mesmo lugar de cabeça baixa, sem coragem de encarar os fatos como realmente eram. Hoje eu conversei com tantas pessoas que no máximo havia trocado duas, três palavras, que nem me lembrei do quanto eu achava que ninguém poderiam sair, nem entrar mais na minha vida. Hoje eu me senti tão completa, que nem me lembrei do quanto eu chorei por não ter você mais para me completar, ou pelo menos, me enganar que me completava. Hoje eu lembrei de tantos momentos bons nossos com um sorriso no rosto, que nem me lembrei de tudo que nós nos tornamos um para outro hoje em dia. Hoje eu passei por aquele lugar que a gente sempre ia tão tranqüila, com tanta paz dentro de mim, que nem me lembrei das vezes que no lugar dessa paz existia uma angústia enorme. Hoje eu lembrei do nosso fim tanto como uma página virada, tanto como um aprendizado, que nem me lembrei do quanto eu me senti perdida no começo. Hoje eu enxerguei em você alguém tão comum, alguém tão impossível de me fazer feliz de novo, alguém que pertence a um passado tão, mas tão distante, alguém que não soube ser o centro da minha vida por nem ter controle ainda da própria, alguém que no fundo se incomoda tanto por eu não nem lembrar de todas essas coisas mas que é tão medroso que nunca vai admitir, que eu acabei enxergando o quanto tudo pode ser maravilhoso se eu quiser que assim seja, o quanto o percurso que a minha vida irá tomar está somente em minhas mãos, o quanto eu posso ser maravilhosa, diferente, se eu me ver desta forma. E hoje, por não me lamentar mais pela sua perda, pelo nosso fim, que eu senti que o nosso fim se lamentou por me perder.

Beijos :*

domingo, 19 de outubro de 2008

Os opostos se atraem, mas nós somos quase opostos

Você que já foi o motivo dos meus sorrisos, você que já fez valer a pena eu levantar todos os dias só por valer a pena estar ao seu lado, você que já foi o responsável pelos meus pensamentos mais bonitos, você que já fez transbordar em mim a felicidade mais simples possível, você que já foi tudo e mais um pouco, agora, é um quase. Um quase que quase conseguiu tentar de novo, um quase que quase conseguiu me convencer que a culpa era toda minha, um quase que quase não me importa mais, um quase que quase não me deixa ser livre de novo. Eu quase não gosto mais de você, eu quase consigo tirar você de mim, eu quase não percebo mais a sua existência. Mas é ai que eu quase não esqueço que nós somos quase iguais: assim como você, eu quase tenho coragem de assumir decisões importantes e definitivas.

O menor até agora mas um dos mais sinceros! ;)
Beijos :*

sábado, 18 de outubro de 2008

Game over

Eu sou tão sua ainda, apesar de todos os apesares, acredite, eu sou tão sua ainda. Eu ainda me sinto tão presa a você, eu ainda me sinto tão fiel a você, eu ainda me pego sorrindo quando lembro da gente, eu ainda me pego cheia de magoa quando lembro do nosso fim, eu ainda sinto tanto você entranhado em mim. Eu achei que quando eu finalmente visse você tão bem sem mim, eu achei que quando eu finalmente visse que você não ia voltar atrás, eu achei que quando eu aceitasse o nosso fim, eu achei que isso tudo sumiria. Mas não some. Mas quase some toda hora. Os meus choros já não são por você, os meus pensamentos não te focalizam mais vinte e quatro horas por dia, eu já quase não tremo quando sinto o cheiro daquele perfume, aquele que era tão o seu cheiro, eu já quase não em sinto mal quando te encontro, eu já quase não mais lembro de você. Eu olho pra trás e tenho a sensação de que tudo aquilo não pertence mais a mim, que tudo aquilo aconteceu a muito tempo, mas não sei porque eu ainda me sinto na obrigação de ser tão fiel assim a você. Eu não quero beijar qualquer um, eu não quero me envolver com qualquer um, eu não quero amar qualquer um, porque esse qualquer um fatalmente vai me lembrar você. Qualquer um é vazio demais, existe a necessidade natural de preenchê-lo com algo e eu não quero preenchê-lo de você. Chega de você! Tô enjoada de você! Me pergunto se é normal essa falta de interesse de pôr alguém no seu lugar. Há quem diga que é por eu ainda gostar de você, há quem diga que isso é massoquismo, há quem diga que isso é besteira e há quem diga que na verdade eu tô é encalhada. Mas ninguém diz que é normal e, sinceramente, eu acho tão normal. Se tem uma coisa que mesmo sem querer você me ensinou, foi que nada dá pra forçar por muito tempo. Acho que já escrevi sobre isso, né? Mas retomando o meu texto, por quanto tempo vou conseguir forçar que estou feliz com outro alguém? Eu não consigo ser mais ou menos, eu não consigo confiar mais ou menos, eu não consigo amar mais ou menos, eu não consigo esquecer você mais ou menos. Pronto, assumi: eu não esqueci você. Deixa de ser idiota, por favor! Se eu tivesse esquecido você eu não estaria escrevendo tudo isso. Vai ver é por isso que eu não quero te esquecer: eu quero conseguir traduzir esse turbilhão de emoções que é a minha alma. Você, por algum motivo, desenvolveu em mim o dom da palavra quando eram elas que aliviam a minha angústia por não saber como nós ficariamos. Você me deu o veneno e o antídoto. Você injetou em mim a culpa por tudo, que foi percorrendo o meu corpo e corroendo tudo que encontrasse na frente mas, por alguma razão, no momento que nem eu mais acreditava em mim, vomitar no papel tudo aquilo excretou todo o seu veneno. Eu tirei você do pódio, rasguei os planos que fiz pra nós dois, matei o homem perfeito que eu achei que era você e se eu ainda te mantenho vivo aqui, é pra servir de inspiração, é pra me servir, não pra me controlar. Pela primeira vez as regras do jogo são minhas, mesmo que pra isso, te perder tenha sido necessário.

Beijos :*

A matemática dos homens

Eu não espero mais o seu telefonema. O meu coração não dispara mais quando o telefone toca, a minha mente não fantasia mais as suas desculpas e eu não mais forço uma voz fininha num esperançoso "Alô?". Eu não forço mais nada. Eu não forço mais a voz, eu não forço mais o meu cabelo ondulado, eu não forço mais a barriga pra entrar na calça 36, eu não forço mais o meu orgulho, eu não forço mais o meu jeito para este ser aprovado. Eu não forço mais nada. Por forçar demais, eu forcei, sem querer, que você fosse para longe. Por me abaixar demais, você foi impulsionado tão pra cima que voou. Voou para um lugar que fica muito longe do meu alcance. Por te dar tanta autonomia com medo de te perder, eu te perdi por você ser autônomo demais. A grande verdade é que eu nunca soube lidar com você, nem com nenhum outro homem. Nós nunca somamos um ao outro, eu sempre me subtrai para dar espaço de você ser o que queria, fazer o que queria, e principalmente, me ter quando queria. Mas eu juro, foi só por te querer demais. Por te querer demais, eu nutri todo esse tempo dentro de mim a possibilidade de você voltar, sem por na balança o custo x benefício. Não, eu não quero que você volte. Eu não quero mais me anular, eu quero é ir somando muitos sorrisos, elogios, e alegrias por ai, eu quero soltar o meu cabelo e me sentir num comercial de xampu mesmo com todo mundo dizendo que eu devia ter feito a maldita (ok, bendita algumas vezes) chapinha, eu quero por a minha calça 38 (tá bom, 40 as vezes) e me sentir a mulher mais sexy do mundo, e principalmente, eu quero sentir que é verdade. Esse papinho de que "o que os olhos não veem, coração não sente" é verdade entre aspas. A grande verdade sem aspas, meu querido, é que o que os olhos não veem, a vida esfrega na nossa cara, e eu fico sempre com essa cara de idiota quando constato que você é mais idiota ainda e nunca vai assumir que o que realmente nos levou ao fim foram duas coisas: falta de vontade e falta de um homem de verdade. Pronto, falei. Você foi um frouxo. Eu não quero mais um frouxo do meu lado e nem quero mais afrouxar essa banca toda que eu boto de durona com os seus beijinhos no pescoço, eu não quero mais ter essa sensação de incompetência quando você é incompetente e não consegue concluir as suas responsabilidades, me deixando em profunda decepção, eu não quero mais ser o homem da relação. NÃO! Eu sou uma menininha! Eu uso vestido, eu faço francesinha, eu sou fofinha, eu tenho cabelo grande, eu sou inteligente e outros tantos adjetivos que significam que eu que mereço receber aquela mensagem que adorou o cinema! Esse é o grande problema quando você se anula demais: você vira um zero, e o zero não significa nada além de ausência. Ausência quando o que você mais queria era tá agarradinha, ausência quando ele está na presença dos amigos, ausência dele na maioria das datas importantes e lugares, ausência de um sentimento de verdade. Eu não nasci para ser zero, muito menos número negativo por isso, simplifiquei a nossa relação: cortei você e tudo relacionado a você com todos os outros homens que vieram antes de você. Afinal, a gente não aprende que termos iguais podem ser cortados? De você não a nada a ser esperado, nem desesperado.

Beijos :*

Mulher que não repete não é mulher

Mulher que não repete não é mulher. Não existe mulher que não se olhe mil vezes antes de sair, não existe mulher que não releia, releia e releia as revistas até achar algo que se pareça com a super modelo da época, não existe mulher que não olhe para o espelho e repita até entrar por osmose: "Eu sou linda, inteligente, simpática e ele foi um imbecil por me perder!" e vamos assumir, por favor, não existe mulher que não precise ouvir quatrozentas e trinta e sete vezes da amiga, da mãe, da tia, da depiladora, da dermatologista, da manicure e de todas as outras mulheres que participam de seu cotidiano que a atual do seu ex-ficante, ex-namorado, ex-amor platônico não chega a cutícula do dedinho mindinho de seu pé direito. Resumindo: uma tremenda baranga. Você pode gastar todo o seu dinheiro e tempo no salão e ela pode ter aquela cara de: "Acabei de acordar e não estou me importando com o que você acha!", você pode ser a super inteligente e ela pode nem saber qual é a raiz quadrada de 25, você pode ser a morena natural dos cabelos brilhosos e ela a loira artificial ignorando brutalmente a necessidade do retoque na raiz. Você realmente pode ser muito mais bonita que ela mas isso não importa: ele não tá com você, ele tá com a outra. De que adianta você parecer uma artista recebendo o Oscar se o máximo que você recebeu foi um pé na bunda? De que adianta você ser praticamente a versão feminina moderna de Einstein se a burrice dela é afrodissíaco pois ele parece mais inteligente do que realmente é? De que adianta os seus cabelos "propaganda de xampu" se ele gosta mesmo é dos "resto da sobra do bagaço da laranja que já foi chupado pelo cachorro de rua"? Mesmo assim é ela que recebe todos os beijos, abraços e palavras que já foram seus. É ela, não você. Você se tranca no seu quarto e começa a chorar? Você passa milhares de dias cantando: "Deu moleee pra caraaaamba, tremendo vacilão!"? Você pega ódio do mundo e começa a falar que vai virar lésbica ou que nenhum homem presta? Você continua com a obcessão por massoquismo e vigia todos os passos da sanguessuga que tem o "último homem da sua vida?" Ou você (voto nessa opção, hein?) se afoga no brigadeiro de panela? Você não faz nada disso! Isso mesmo, NADA disso! Depois que você contribuir com a tentativa de acabar com a seca no sertão nordestino doando todas suas lágrimas, depois que você jurar mil vezes que nunca mais vai se apaixonar ou nunca mais vai ser idiota, depois que você achar a última estria da outra, depois que você chegar a conclusão que ele beijava mal, não tinha pegada e que no final das contas você nem gostava tanto dele (tudo bem, entendo que seja uma mentirinha por uma causa maior), depois que você comprar o shopping inteiro (inclusive as lojas de chocolate), enfim, depois que você acabar de viver a sua dor, vá viver a sua vida. Por favor, faça um favor para mim, ou melhor, faça um favor a você: não se apegue ao que já foi. Não é porque o fio de cabelo dele que com a luz do sol focalizada a 150º oeste incidindo sobre ele era lindo que a sua vida vai deixar de ser linda. Você um dia já esteve no lugar da outra e um dia a outra estará no seu lugar e .. Ah, quer saber? Esquece ele, esquece a outra, esquece tudo! Lembra de você pois foi justamente de você que você se esqueceu. Poisé fofinha, tenho uma péssima notícia para te dar: ele não é o último homem da sua vida, você vai continuar com essa cara de babaca quando se apaixonar e pelas minhas contas engordou no mínimo 4kg por causa de uma mulher que você nem conhece e por um homem que você nem lembra o nome todo. Lave o rosto, estufe o peito, erga a cabeça e ponha a sua vida no lugar de onde nunca deveria ter saído, porém inevitavelmente saiu. Para todo fim um recomeço. Recomeço, começar de novo. Não disse que mulher que não repete não é mulher?

Beijos :*

O pouco que restou do muito que poderia ter sido

Eu nunca te pedi muita coisa, eu nunca te pedi para que fosse pra sempre. Eu nunca te pedi que deixasse de fazer algo por mim simplesmente porque eu te queria comigo insesantemente, nem nunca fiz dos seus erros e defeitos motivos para que eu cometesse erros piores. Eu nunca, juro com toda a força que eu descobri em mim depois que você foi, eu nunca tive a intenção de não ser do seu agrado. Tudo que eu fiz e mudei foi exclusivamente porque eu achava que deveria tentar ficar aos seus pés, todas as vezes que sem querer eu acabei fazendo uma pressão emocional muito grande sobre você, foi porque o seu beijo, o seu abraço, a sua voz ou simplesmente olhar pra você, me fazia sair de mim e visitar lugares e sensações que eu nunca tinha conhecido antes. Ir ao seu encontro era como se eu estivesse indo ao encontro da perdição: eu esquecia completamente todas as coisas que eu ouvi e julguei certas durante toda minha vida e queria viver somente pra você, queria viver somente com você. Você me transformou em uma meia menina, ao mesmo tempo que me transformou em uma meia mulher. Junto com todos os meus planos de contos da Disney e todo o nervosismo ao te encontrar, aparecia uma mulher cheia de desejos e vontades. Uma mulher, que muitas vezes durante o tempo que estivemos juntos, ocupou o lugar da menina e tomou decisões totalmente reprováveis. Ao contrário do que antes eu achava essencial, ter uma foto com você, por um nick carinhoso ou simplesmente dizer: "meu namorado" começaram a soar como coisas desnecessárias. Estar com você, sentir o seu cheiro, morder a sua "bochechinha molenguinha", te contar o meu dia e ouvir o seu, beijar você e sentir o seu cafuné eram coisas que valiam muito mais do que a aceitação alheia. Seu imbecil! Era você, era com você, era de você, era pra você .. TUDO ERA VOCÊ! E você ainda teve a coragem de me dizer que eu achava que você não valia nada? Como algo que era o meu tudo poderia não valer nada? Hoje em dia sim, você não é nada, hoje em dia sim, você não vale nada. Não vale nada para mim. No dia em que você me ignorou, no dia que você me desprezou, no dia que você mandou a sua mãe por um fim na gente e em tudo que talvez a gente poderia ter sido, no dia que você me expulsou da sua vida e fez com que eu carregasse essa culpa durante muito, muito tempo, nesse dia, o encanto, os mistérios, os desejos, o carinho e tudo que girava em torno de você no mundo que eu inventei, foram lentamente absorvidos, assim como a gente aprende que o buraco negro faz com os outros corpos. Porque você nunca pode assumir que o nosso final era ali? Porque você tirou de mim o direito de me explicar? Porque você não relevou o meu erro, assim como eu já relevei os seus? Porque você tirou o meu chão em uma das épocas que eu me julgava o ser mais feliz do universo? Porque você fez com que eu ficasse imaginando o que você estava fazendo e isso só me angustiasse mais? Porque você tem essa cara de "passado bom" que repele o meu olhar de "saudade"? Você era o meu tudo, mesmo que tivesse estipulado que ninguém pode ser o tudo de ninguém e que seis meses não é tempo o suficiente para gostar. Porque eu tenho a impressão, quando sem querer, meus olhos me traem e os nossos se cruzam que você tem muitas coisas para me dizer mas seu orgulho imbecil, assim como você naquele dia, não deixa? Pois bem, engasgue com o seu orgulho e se possível se sufoque. Se sufoque no seu orgulho porque foi ele que me sufocou durante muito tempo. Mas antes de você se sufocar, se lembre que eu sempre fiz tudo que estava ao meu alcance para ter você comigo, desde quando começamos, até quando você terminou comigo. Eu sempre tentei dar o melhor de mim pra você, eu juro. Mas tudo bem, bola pra frente .. vou ser muito melhor do que era e depois de dar esse melhor pra mim mesma, poderei dar para outra pessoa, que com certeza, será muito melhor do que você.

Beijos :*