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sábado, 18 de outubro de 2008

A matemática dos homens

Eu não espero mais o seu telefonema. O meu coração não dispara mais quando o telefone toca, a minha mente não fantasia mais as suas desculpas e eu não mais forço uma voz fininha num esperançoso "Alô?". Eu não forço mais nada. Eu não forço mais a voz, eu não forço mais o meu cabelo ondulado, eu não forço mais a barriga pra entrar na calça 36, eu não forço mais o meu orgulho, eu não forço mais o meu jeito para este ser aprovado. Eu não forço mais nada. Por forçar demais, eu forcei, sem querer, que você fosse para longe. Por me abaixar demais, você foi impulsionado tão pra cima que voou. Voou para um lugar que fica muito longe do meu alcance. Por te dar tanta autonomia com medo de te perder, eu te perdi por você ser autônomo demais. A grande verdade é que eu nunca soube lidar com você, nem com nenhum outro homem. Nós nunca somamos um ao outro, eu sempre me subtrai para dar espaço de você ser o que queria, fazer o que queria, e principalmente, me ter quando queria. Mas eu juro, foi só por te querer demais. Por te querer demais, eu nutri todo esse tempo dentro de mim a possibilidade de você voltar, sem por na balança o custo x benefício. Não, eu não quero que você volte. Eu não quero mais me anular, eu quero é ir somando muitos sorrisos, elogios, e alegrias por ai, eu quero soltar o meu cabelo e me sentir num comercial de xampu mesmo com todo mundo dizendo que eu devia ter feito a maldita (ok, bendita algumas vezes) chapinha, eu quero por a minha calça 38 (tá bom, 40 as vezes) e me sentir a mulher mais sexy do mundo, e principalmente, eu quero sentir que é verdade. Esse papinho de que "o que os olhos não veem, coração não sente" é verdade entre aspas. A grande verdade sem aspas, meu querido, é que o que os olhos não veem, a vida esfrega na nossa cara, e eu fico sempre com essa cara de idiota quando constato que você é mais idiota ainda e nunca vai assumir que o que realmente nos levou ao fim foram duas coisas: falta de vontade e falta de um homem de verdade. Pronto, falei. Você foi um frouxo. Eu não quero mais um frouxo do meu lado e nem quero mais afrouxar essa banca toda que eu boto de durona com os seus beijinhos no pescoço, eu não quero mais ter essa sensação de incompetência quando você é incompetente e não consegue concluir as suas responsabilidades, me deixando em profunda decepção, eu não quero mais ser o homem da relação. NÃO! Eu sou uma menininha! Eu uso vestido, eu faço francesinha, eu sou fofinha, eu tenho cabelo grande, eu sou inteligente e outros tantos adjetivos que significam que eu que mereço receber aquela mensagem que adorou o cinema! Esse é o grande problema quando você se anula demais: você vira um zero, e o zero não significa nada além de ausência. Ausência quando o que você mais queria era tá agarradinha, ausência quando ele está na presença dos amigos, ausência dele na maioria das datas importantes e lugares, ausência de um sentimento de verdade. Eu não nasci para ser zero, muito menos número negativo por isso, simplifiquei a nossa relação: cortei você e tudo relacionado a você com todos os outros homens que vieram antes de você. Afinal, a gente não aprende que termos iguais podem ser cortados? De você não a nada a ser esperado, nem desesperado.

Beijos :*

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