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sábado, 8 de novembro de 2008

O sem sentido com mais sentido possível

Todo dia, sem que você se quer perceba, eu tento te machucar. Eu escuto tantas músicas tentando encontrar nelas aquelas frases inteligentes e me convencer de que eu sou areia demais para o seu caminhãozinho de plástico, eu lembro de tudo que você me dizia e fazia e digo a mim mesma o quanto você é criança, bobo e ridículo, eu conto para as pessoas tantas coisas sobre você porque eu tenho uma necessidade muito grande de queimar o seu filme, de fazer você me odiar, de tentar te machucar nem que seja um pouco. Mas sabe, eu só quero queimar o seu filme para nenhuma conhecida minha querer você e eu não ser obrigada a falar com você como se não estivesse me importando, eu só quero que você me odeie, eu só quero te machucar porque é a minha forma de dizer: "Ei! Olha para mim! Eu estou aqui, cara! Estou aqui no mesmo lugar em que você me deixou!". Eu não gosto de gostar de você dessa forma estranha porque no fundo eu não quero nada disso, no fundo eu quero que você fique bem, mas ver você bem, doi bem mais em mim do que simplesmente ver você. Eu não queria gostar assim, com essa necessidade tão grande de te machucar, na real eu tenho medo de te machucar, mas eu quero tanto ver você sofrer, eu quero tanto que você implore minhas desculpas, que todo dia eu tento. Mesmo tentando de uma forma que eu sei que não vai te machucar. É como querer te dar uma surra e fazer isso com as minhas próprias e fracas mãos. Te querer assim me faz muito mal, até porque eu nem sei se eu ainda te quero. Acho que vou me rasgar, acho que vou explodir. Você não faz idéia de como é angustiante brincar de adivinha comigo mesma só para tentar descobrir onde você foi, como é angustiante ver você se divertir com seus amigos, como é angustiante querer te encontrar toda hora só para você ver o quanto eu sou linda, legal, divertida e ao mesmo tempo andar me escondendo por saber que você vai ser indiferente e isso vai me deixar mal depois, como tantas vezes me deixou. É angustiante ver as meninas que você já ficou. Que inveja eu tenho delas! Elas foram escolhidas, você desejou estar com cada uma delas. E eu? Eu que te escolhi, eu que desejei estar com você. A propósito, a primeira providência que eu tomei quando você me deixou foi cortar o meu pau. Não quero mais ser o homem da relação. Você nem é mais tudo isso, eu já nem tremo todas as vezes que te vejo, eu já consigo me divertir e não ter vontade de chorar a sua ausência, mas toda vez que algo qualquer me deprime eu penso em você só para conseguir chorar aquele choro longo e profundo por você. Aquele choro que parece que vai te deixar desidratada. Acho que sou maluca. Eu adoro sofrer por você. Mesmo que na sua concepção "eu e você" não exista mais, aqui dentro de mim, eu vivo como se ainda vivessemos juntos porque sempre achei muito triste ver as pessoas indo embora. Mesmo tendo visto você virando aquela esquina para nunca mais voltar, eu acho muito mórbido simplesmente te esquecer como se nada tivesse acontecido. Mas não, eu não acho mórbido querer te machucar. Eu quero te machucar só para, quem sabe, você depender de mim e eu poder te abraçar de novo, te proteger do mundo, te colocar no meu colo e te dizer: "Tá vendo? Sou eu quem gosta de você de verdade, é comigo que você vai ser feliz!", mesmo achando que não poderia cumprir isso. Eu queria tanto te abraçar e dizer que sinto a sua falta de novo, só pra você segurar o meu rosto e me dar aquele beijo novamente, mas talvez eu aproveitaria a oportunidade para te dar um chute no saco e fazer você cair gemendo de dor. Viu como doi, desgraçado? E foi só um chute no saco, imagina se eu tirasse algo muito mais vital de você do que esse seu brinquedinho que eu nem sei se você usa? Eu queria te agarrar, eu queria te jogar na minha cama, eu queria te beijar até tirar o seu ar, só para ter o prazer de quando você estivesse bem empolgadinho, levantar e ir embora, sem nem ao menos olhar para trás. Igualzinho como você fez: ir embora e nem olhar na sua cara. Eu tento toda a hora fazer você me notar, fazer você me olhar, mas de verdade, eu não queria que você me notasse e nem me olhasse. Eu não queria nutrir mais esse sentimento estranho por você, mas não dá, é mais forte do que eu. Eu queria tanto pegar um amiguinho seu de jeito, eu queria tanto que ele ficasse de quatro por mim, eu queria tanto que ele falasse sobre o quanto eu sou maravilhosa durante milhões de horas para você, mas eu não o faria, porque não quero você tenha de mim uma imagem diferente do que a da menina que presta. Não queria não prestar com o seu amigo, eu queria não prestar com você e dessa vez nem seria no sentido de te machucar. Sofre um pouquinho por mim vai, só um pouquinho. Diz que seu mundo anda meio sem graça, tipo o meu quando você foi. Diz? Agora que você está sofrendo bastante, esquece tudo que eu disse. Eu não quero que você sofra. Vamos fazer um acordo? Eu acabo com o seu sofrimento e você me dá um beijo de acabar comigo. Acaba com essa vontade que eu tenho te de machucar, é só você voltar atrás. Juro que se for agora, eu corto as correções, os juros e nem faço doce. Eu gosto tanto de você ainda que chego até a te odiar. Te odeio porque é mais fácil não gostar daquilo que não se pode ter, é mais cômodo e eu adoro me acomodar. Adoro manipular as situações para vantagem própria, assim como querer acabar com a sua dor, esconde no fundo a vantagem de ter você de novo. Mas você não sofre. Mas você não quer fazer um acordo. Mas eu nem sei se gosto mais de você, afinal, eu adoro me acomodar. Mas sei lá, eu gosto desse joguinho de "olha ou não olha", "disfarça ou não disfarça", "subentendido ou claro". Eu gosto de te odiar, só porque não gostar de alguém, não ter inspiração para escrever frases legais, não ter em quem pensar nas músicas, filmes e situações românticas, é muito mais triste.

Beijoca :*

2 comentários:

Joanna disse...

"O contrário do amor não é o ódio e sim, a indiferença".

Sirius disse...

uuuiiiii, chute no saco é maldade demais, esse rapaz mexeu mesmo contigo. Não queria estar na pele desse infeliz.


melhoras...