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terça-feira, 4 de novembro de 2008

Seu modelo, meu molde

Eu queria escrever tantas coisas, mas acho que por querer escrever tanto, eu não consigo escrever nada. Assim como alguém que quer fazer tudo de uma vez e no final não faz nada direito, eu quero escrever sobre tantos sentimentos juntos que eles acabam se misturando e o que já era difícil de ser explicado, se torna inlegível. Eu queria abraçar o mundo de uma só vez, eu queria viver todas as emoções que o destino guarda para mim, eu queria gritar até perder a voz, mas posso me contentar, pelo menos por enquanto, em ficar só aqui escrevendo. Eu queria alguma coisa que me tirasse do sério só pra eu tirar de mim essa necessidade de relacionar tudo que é bom a você, e tudo que é ruim a sua ausência. Eu não queria imaginar o quanto é divertido ficar com você, o quanto é legal ver a sua relação com seus amigos, o quanto seria lindo e quantas coisas lindas poderíamos fazer juntos porque tendo motivos pra te odiar, fica mais fácil não te venerar tanto. Eu não sou tão forte quanto pareço e aposto que você sabe disso também, pois se não soubesse, não faria tantas coisas com a certeza de que eu voltaria atrás. Safado. Pronto, bem mais fácil desacelerar meu coração agora. Eu não queria, juro, dedicar tantos textos ao homem que me deu um "pé-na-bunda". Porque não assumir? Infelizmente para você, foi o seu pé na bunda que me empurrou para estar aqui, conseguindo pela primeira vez extravassar o que eu sinto sem gritar, sem chorar desesperadamente, sem chutar mesas. Apenas, escrevendo. Eu não queria acumular todo mês meses sem você, eu não queria perder o interesse por coisas superficiais só porque você me ensinou o que é intenso de verdade, só porque você me ensinou que o que na verdade eu esperei toda a minha vida não foi ser independente, mas sim, depender tanto de gostar tanto assim de alguém. Eu não queria ignorar a gente, mas pensando bem, ignorar a gente é uma forma de ignorar o quanto você me abala e isso faz com que, mesmo só por um momento, você não me abale tanto. Acho que de tanto brincar de esconde-esconde com a verdade, eu não consigo mais encontrá-la e você, de fato, vai começando a não significar nada. Volto ao ponto de partida, volto a me acomodar com a realidade e assim, tiro de mim a marca mais significativa que tinha de você. Com você eu arrisquei, com você eu me desacomodei. Deito em minha cama e fico olhando, quase em estado amebal, para o meu teto rosa. Muito mais fácil me cobrir até a cabeça do que virar para você e falar: "Oi, tudo bem?". Simplesmente espero passar, mesmo que demore. Afinal, quando passar, vai passar a vontade de te falar "Oi, tudo bem?" também. E assim, mais uma vez, eu passo um corretivozinho na verdade e ela não parece tão feia e angustiante. Hoje eu adormeci na mesa da escola, mas foi um sono bem levinho, pois sonos profundos eu só tinha quando sabia que mesmo acordada eu iria poder te encontrar em algum lugar diferente dos meus sonhos. Hoje eu adormeci e quando dei por mim, percebi o meu riso bobinho só por estar pensando em você e ignorando o nosso fim. O mundo então, ficou muito mais colorido. Muito mais até do que quando eu deitei e fiquei olhando o meu teto rosa, os meus imãs coloridos, as minhas fotos felizes. Por um momento eu não desejei te esquecer tanto, por um momento eu não me esforcei tanto para te odiar mais ainda e pude, depois de muito tempo, ter um pouco de paz comigo mesma. Que me permitam plagiar uma frase de uma música: "Eu estou pensando em você, pensando em nunca mais pensar em te esquecer, pois quando penso em você é quando não me sinto só!". Pensar em você sem o meu escudo de mágoas é me sentir preenchida da época que você me fez o ser mais completo do mundo e ao mesmo tempo deixar você ir embora devagar, naturalmente. Me separar de você doeu por você estar grudado tanto assim em mim, doeu como se puxassem meu útero pela boca e arrancassem num só puxão. Deixar você ir é ao mesmo tempo me permitir voltar. Talvez eu não tenha que forçar motivos para te odiar tanto, nem maquiar tanto a verdade para eu me acostumar com ela. Talvez eu tenha só que encarar te encarar com indiferença, mesmo sem querer fazê-lo, e não me culpar por sermos dois estranhos agora. Talvez, se você ainda estivesse comigo, eu não teria tantos motivos para romantizar tantas coisas sem motivo. Nós somos interessantes porque não tivemos um fim feliz, nós somos interessantes porque eu posso sentir o nosso fim do jeito que eu quiser e principalmente, nós somos interessantes porque uma história mal resolvida pode ser resolvida de várias maneiras, várias vezes, durante muito tempo nas nossas próprias mentes, o mesmo local onde eu fiz de você o homem perfeito, e você fez de mim um capítulo encerrado.

Beijos :*

2 comentários:

pati disse...

liiiindo! muito lindo mesmo! adoorei todos seus, tava lendo, e sinceramente arrazou! continue escrevendo, tem futuro. Muito sucesso pra ti!

Unknown disse...

Tá lindo Carol, parabéns!
Anninha =)