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domingo, 28 de dezembro de 2008

Quatro meses depois de você, eu de quatro de novo por você. Ou não.

Hoje, após exatos quatro meses do nosso término, trocamos algumas palavras. Tudo bem que não foi do jeito mais caloroso, mas se você não terminou comigo pessoalmente, não era de se estranhar que dessa vez usássemos o mesmo meio. Eu tentei ser a mais seca possível, não por você não merecer toda a felicidade do mundo, mas sim, por eu merecer também. Olha, sei que as vezes, mesmo que você não saiba, pode parecer que eu te odeio, mas é tudo fachada. Se eu ainda conseguisse ter toda aquela coragem, toda aquela esperança, toda aquela fé nos meus sonhos que eu tinha no início, pode ter certeza que essa hora estaria pulando no seu colo. Mas não, eu mudei porque você me obrigou a mudar com a mesma velocidade que me escorraçou da sua vida. As pessoas não acreditam e ouso dizer que nem você levou muito a sério, mas eu sei que o que ainda resta e o que um dia existiu por você aqui dentro, se não é o mais sincero sentimento do mundo, é o mais sincero sentimento que eu já tive. Troquei tantas coisas que eu queria tanto te dizer a tanto tempo por minha única palavra. Sem pontos, sem vírgulas, sem qualquer demonstração de afeto. Desde que você me pediu para aceitar tudo isso e me afastar de você, eu juro, é isso mesmo que eu tento a todo custo, todo dia, a todo momento, a todo instante de nostalgia dos dias mais perfeitos que eu já vivi, mas fique você sabendo que o que eu sinto não vai ser mudado somente por sua vontade. Você não pode me pedir também para deixar de gostar de você, pois se isso fosse possível dessa forma tão simples, pode ter certeza que eu mesma executaria esta tarefa. Ou melhor, esta tarefa já teria sido executada a muito tempo. Eu mereço ser feliz de novo, eu mereço estar bem de novo, não só para conhecer alguém legal, mas também por simplesmente eu merecer estar de bem comigo mesma. Confesso que o nervosismo que eu tive ao ler aquilo, foi mais ou menos como se você tivesse aqui, ao meu lado. Confesso também que olhei durante alguns segundos a sua foto e projetei na minha mente o filme de tudo que um dia nós tivemos. Lembrei que era a sua boca que eu beijava, que era no seu peito e no seu abraço o melhor lugar do mundo, lembrei que os seus braços eram os que me pegaram no colo diversas vezes, lembrei que as suas mãos foram aquelas que me puxavam quando você brigava comigo dizendo que eu não sabia atravessar uma rua direito, lembrei que o seu cabelo era aquele que eu sempre bagunçava só para deixar você irritadinho e por fim, lembrei que a sua bochechinha era minha. Era a minha bochechinha molenguinha que eu gostava tanto de morder. Senti um aperto no peito como a muito tempo não sentia por você. Hoje eu li em um textinho que mandaram para a minha mãe dizendo que a gente nunca pode desistir de quem a gente ama e eu pensei se deveria tentar reverter isso tudo. Tanto tempo já passou e isso poderia ser bom, assim como poderia ser ruim. Poderíamos tentar esquecer tudo aquilo e recomeçar do zero, como o tempo pode ter nos separado de uma forma que nem eu consigo dimensionar. Fiquei parada, sentada na beira da minha cama relendo aquilo por diversas vezes. "Nunca devemos desistir daqueles que amamos.". Não sei se te amo, mas para mim essa frase quer dizer que devemos sempre apostar naqueles que gostamos, e gostar de você eu sei que ainda gosto, e como. Será que eu deveria aproveitar um surto de fraqueza, saudades e coragem no meio da noite para te procurar? Ou deveria me trancar no quarto, forçar o sono e chorar todas aquelas vontades reprimidas simplesmente por saber que na manhã seguinte isso vai ter passado? Sempre passa e sempre volta, eu sei. Mas o que eu queria saber de verdade é se sempre que você passar você vai voltar. É estranho como as vezes a sua existência parece nem ter mais importância, mas é só aparecer algo relativo a você para eu ficar assim remexida e remexer aquilo que eu julgava já estar morto. Você não foi seco, ouso dizer novamente que foi até bem simpático. Ou forçou a simpatia, não sei. Você pareceu feliz por saber que eu não havia te esquecido, mas me pergunto se isso tudo não é um exagero meu simplesmente por ainda, mesmo que só as vezes, te desejar tanto. Respiro fundo, como se tentasse capturar a energia e a força que me falta e fecho os olhos. Espero tudo isso chegar e me balançar. Vou para o lado, vou para o outro, vou para a frente. Espero o desespero chegar e ir embora, assim como sempre faço. Abro meu olhos e continuo no mesmo quarto, na mesma cama, com a única pessoa que se mantém sempre fiel a mim, sempre ao meu lado, sempre me dizendo para "deixar para lá" mesmo sendo correr de volta para você tudo que ela mais quer: eu mesma. Tento mas não consigo conter minhas lágrimas, então olho para o céu como a muito tempo não olhava. Respiro fundo novamente, fecho e abro os meus olhos e digo a papai do céu: "Olha, coloca no meu caminho alguém tão especial quanto ele, alguém que me faça tão bem quanto ele me fez, porque sentir tantas coisas bonitas como essas que eu sinto aqui dentro e ter que ignorá-las ou simplesmente me contentar em transformá-las em textos é desperdício demais. É desperdício demais sentir tudo isso aqui dentro e não poder dar para ninguém."

Beijocas :*

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