CLICK HERE FOR BLOGGER TEMPLATES AND MYSPACE LAYOUTS »

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Não era amor

Você me olha, eu te olho e pela primeira vez não vejo romance nisso. Estava errada quando disse que troca de olhares são sempre doces. Você me olha com aquela cara de safado e eu tenho vontade de me rasgar toda, mas apenas sorrio e olho para o lado. Sempre fui uma menina boazinha e está difícil deixar de ser. Nós não andamos de mãos dadas por ai, nem fazemos programinhas de casal, nomeação que estamos longe de ter. Mas pensando bem, já que eu nunca fiz parte de um casal de verdade, prefiro ter a sua cara de tarado e a vontade de me rasgar, do que uma cara mela cueca e vontade de morrer. Meu estômago acostumado com borboletas e friozinho agora se vira como pode para aguentar tanto fogo e tanta adrelina mas pela primeira vez eu gosto de não amar. O nosso "não amor" trouxe consigo essa vontade louca de puxar, rolar, agarrar, apertar e isso faz eu me sentir muito mais mulher do que qualquer cafuné ou beijo na testa. O nosso "não amor" não tem ciúmes, saudades ou dependência, ele é mutante e se adapta a hora, local e oportunidade. O nosso "não amor" não me agustia com a possibilidade de acabar e por isso não acaba. Amor a gente precisa alimentar, o que se torna mais difícil com decepções e medos. Tesão, deixando a hipocresia e o recato de lado, aumenta quando a gente morre de medo das consequências e se trata daquele tremendo safado. Eu não quero que você me ame, nem quero te amar. Eu não quero estragar tudo. O fim do amor sempre acaba comigo, sempre me deixa sem forças para levantar da cama, sem forças para encarar o mundo, sem força para encarar as pessoas. Então, se você tiver que me derrotar, que por favor não seja pelo nosso fim. Para que ferir o meu coração, se você pode me deixar roxa e arranhada? O amor, graças a Deus, não foi feito para nós. Às vezes você me trata de uma forma tão fofa e delicada que eu me sinto leve só por me sentir pequenininha e vulnerável. É como um fetiche de ser subordinada, sem depender de fato. Força do hábito. É, deve ser. A gente se despede, se abraça e eu me sinto tão realizada comigo mesma por me sentir tão mulher e ao mesmo tempo tão protegida. Não era amor, mas no final, de qualquer forma, cada um segue o seu próprio caminho.

Beijocas :*

8 comentários:

Unknown disse...

Ficou liiiiindo demais! *-*

.! gabriella.!* disse...

noosaa¬¬

realmente, vc escreve mto garoota.!
;**

Érika Meirelles disse...

What is that, girl ? What a wonderful text, my darling !
Congratulations !

With love ;*

Kellynha Lopes disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Kellynha Lopes disse...

Parabéns, sempre leio seu blog. Seus textos são magníficos, vc escreve muito bem. =)

Malu Ortolan disse...

'não amor' ta ganhando do amor em si, né? será que achamos um sentimento que não dói ou isso será uma versão aprimorada do amor, uma espécie de amor versão 2.0? dihasiuhuia'

parabéns, mas um texto otimo ;D

beijos;*

Mariana Castela disse...

descobri seu blog por aí ..
você escreve muuito bem, parabéns !

quase não posto mais no meu, mas vou te linkar lá nos meus favoritos ! =)

beijos e parabéns =D

Joanna disse...

É assim mesmo, não é ruim, é até bom.
Mas no final da noite, eu abraço o vazio e dou risadas forçadas pra ninguém.

Passa - como tudo - passa.