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segunda-feira, 30 de março de 2009

Refrigerantes, relacionamentos e outras coisas que engordam

Quando o assunto é falar ou não a verdade, a opinião é quase unânime: deve ser dita sempre! Todo mundo vira filósofo, exemplo e professor de boas maneiras. Todo mundo recrimina quem não cumpre esta nobre ação, julgando-o e condenando-o. Quanta hipocresia! Quem nunca mentiu que gostou da roupa para não magoar a vovó? Quem nunca disse para a amiga que o cabelo não estava ruim? Quem nunca elaborou e treinou na frente do espelho milhares de formas delicadas de dizer o simples e o óbvio: "Eu não gosto de você!"? A propósito, porque o "Eu não gosto de você!" aterroriza tanto? Eu não gosto de refrigerante, só bebo-o quando estou a ponto de ter miragens e não avisto outro líquido admissível. Eu disse ADMISSÍVEL! Por favor, sem piadinhas! E mesmo assim sacudo e tiro o gás! No copo, se não vaza tudo, mas sacudo e tiro o gás. Fez cara de nojo? Pois é, muitas pessoas fazem. O refrigerante sem gás me agrada e não te agrada, assim como eu não agrado a todo mundo. Pessoas que convivem, beijam na boca, andam de mãos dadas e falam iguais idiotas umas com as outras são os famosos casais. Ou seja, não seja o chato que só considera um casal quanto estes estam a trezentos anos juntos. Beijou é casal, ok? Prosseguindo, as pessoas que nós gostamos, às vezes, não combinam com a gente, sem que isso signifique que nós ou elas somos más pessoas. Tudo na vida é uma eterna aposta, mas como dizem por aí: "Não aguenta, não se envolve!". Como você quer fazer engenharia se não sabe o que é seno? Como você quer ser médico se não aguenta ver sangue? Como você quer ficar "morena da cor do pecado" se toda a sua família é oriunda da Irlanda? Odeio aquela frase: "Ah, se eu soubesse!". Você soube. Você sempre soube. Com raríssimas exceções, nossas consciências em seu mais profundo estado de transe conhecem todas as verdades do mundo. Cabe a nós, seres humanos adoradores das ilusões e dos lamentos, peneirar aquilo que agrada ou não. Veja bem, eu disse o que agrada ou não, não o que é verdade ou não. Diferentemente dos outros tipos de relacionamentos, ser um casal traz consigo a responsabilidade da vida de outra pessoa. Entendo que o "Eu não gosto de você!" é um pouco pesado, feio e, confesso, deixa um pouquinho para baixo, mas deve ser dito. Desta forma ou não, mas deve ser dito. Acima de tudo devemos ser respeitosos. Ninguém é obrigado a gostar de ninguém, mas somos obrigados a respeitar as pessoas, principalmente se estas sentirem por nós o que não somos capazes de sentir por elas. Olhar nos olhos e dizer, mesmo que de uma forma camuflada, torta, deixando sair pelas bordas o verdadeiro sentido, é o mínimo que alguém com hombridade pode fazer. Mas não deixa de ser uma mentira. Mas é uma mentira boa. E assim caminha a humanidade. Enfim, fins de relacionamentos são como refrigerantes: a gente sacode e parece estar tudo bem, mas a mínima abertura que fazemos, faz com que o líquido vaze com uma pressão absurda. Então deixe de ser burro, por favor! Não sacuda-o, abra-o e faça o que tem que ser feito! Mesmo que seja difícil, mesmo que você não queira, mesmo que você não goste. Ou bebe, ou morre de sede, ou seja: ou bebe, ou bebe. Faça você mesmo, ali, com a mão no copo. Antes que tudo escorra pela pia e se misture com o esgoto. Para sempre.

Beijocas :*

2 comentários:

Joanna disse...

Tem muita gente que como naquela expressão: 'se acha o gás da coca-cola'.
E com elas é isso que você deve fazer: sacudir, expulsar e engolir.

(Te adoro.)

Lu´S disse...

ainda assim eu prefiro a verdade, meia mentira acaba sendo uma inteira.
relacionamentos é complicado, nap se pode julgar. mais seria masi facil ouvir o eu nao gosto de vc ...
[belo texto]