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quinta-feira, 16 de abril de 2009

Fobialidade

Eu não sei ser feliz. Sempre achei isso, mas sempre achei que as pessoas me achariam louca também. Então, não deixando a minha mania de querer agradar a todos menos a mim mesma de lado, engoli. Mas entalou. E não sai. Mesmo se eu beber trezentos litros de água, tossir ou vomitar. Não sai. Fica ali, no meio da minha garganta, me lembrando a todo momento que eu não sei lidar com a tal da felicidade. Não é a rejeição, a saudade, o machucado. Nada disso. Não é a tristeza que doi de verdade. O que doi de verdade é a felicidade. Ser vítima é mais fácil. Lamentar, reclamar, chorar, espernear, culpar. Tudo isso é anos luz mais fácil do que se permitir ser feliz. Sem medo de errar, durante uns noventa por cento da minha vida, eu reclamei por estar gorda, ter cabelo enrolado, estar sozinha, ser feia, desajeitada ou por me sentir excluida. Durante todo esse tempo, eu acordei todos os dias pensando no que poderia fazer para mudar o que me deixava para baixo. Ao mesmo tempo em que eu buscava a felicidade, buscava a mim mesma. A vida é muito complexa, e para diminuir a minha impotência diante a sua complexidade, eu vesti a capa de coitadinha e sai por ai. E agora? O que eu faço? Como eu vou viver sem a minha capa? É como aquela história da terceira perna: não me permitia andar, mas fazia de mim um tripé estável. Não felicidade, não vai embora não! Eu só quero que você me ensine a lidar com a sua vinda, principalmente porque me contaram que esta é sempre breve. Aceita um café? Bolo? Se eu for uma boa anfitriã, a senhora fica mais um pouco? Entre todas as variações da felicidade, a mais difícil é a respectiva ao amor. Independentemente do que se ama, tirando o amor próprio, já que eu nunca o conheci muito bem, se ama aquilo que está fora de nós e, portanto, está fora do nosso controle. Mas sabe, se eu não consigo ao menos controlar as ações provocadas pelos meus próprios hormônios, como eu poderia querer controlar as outras pessoas? Pessoas são complicadas, mas a felicidade é mais. A felicidade me deixa tão leve que eu tenho que me prender a tantas neuras só para não sair voando por ai e, quem sabe, cair sem para quedas de volta a realidade.

Beijocas :*

terça-feira, 14 de abril de 2009

"One step at a time!" ;)

Revista Capricho
Edição nº 1068 - 12 de abril de 2009


Beijocas :*

domingo, 5 de abril de 2009

Enfim, eu amo você!

Vazio. E pela primeira vez eu me sinto tão bem por estar me sentido tão vazia. A razão de todos os meus dias, a tantos e tantos dias, era simplesmente odiar o dia de hoje e todos que ainda viriam. Odiar todas as coisas boas, toda a felicidade que insistia inutilmente em bater a minha porta, já que me permitir ser feliz depois de tudo aquilo, significava me permitir esquecer de você também. E agora? O que farei do meu dia, da minha semana, do meu ano condicionados, quase que exclusivamente, ao lamento e ao ódio que não mais têm razão para existirem? Hoje eu poderia beijar o céu e abraçar as nuvens, já que me sinto tão leve que me sinto capaz de voar também. Eu nunca deixei de acreditar em você, mesmo que com todos os motivos do mundo, eu nunca deixei de acreditar naquele garoto maravilhoso por quem eu me apaixonei. Por um pouco mais de meio ano, eu cuidei para que tudo estivesse perfeito para quando você resolvesse voltar atrás. Mesmo que na calada da noite, mesmo que longe de mim mesma, eu cuidei para que aquele lugarzinho que você tinha dentro de mim nunca acabasse. Nutri todos os meus dias sem vida com toda aquela nova vida maravilhosa que você trouxe. Nutri todos os meus dias confusos com a certeza que eu tinha que, entre uma inspiração e uma expiração na sua nuca, ali era o lugar pelo qual eu esperei a vida inteira. Nutri todos os meus dias chatos lembrando de todos aqueles momentos, que de tão legais, me faziam ter o mesmo sorriso bobo, independentemente de quanto tempo tivesse se passado. Muitos chamaram isso de burrice, outros de massoquismo, mas eu realmente não me importei. Abrir mão de andar para frente só porque andar para trás era ter a certeza de esbarrar com você muitas vezes, era algo forte e maravilhoso demais para qualquer um entender. Às vezes eu começo a observar as pessoas e me dá tanta pena e tanta vontade de rir. Tanta gente por aí se preocupando com tantas coisas bobas, fazendo tantas coisas lamentáveis .. Com certeza, nunca tiveram alguém em suas vidas como eu tenho você na minha. Sem medo de parecer exagerada: você mudou muito a minha forma de ver o mundo. Desde o início, quando você me deu vontade de ir atrás do que eu queria, do que me faria bem, até agora, quando vejo total sentido na frase: "Amigos de verdade beijam na boca!". Sempre achei que as duas coisas não poderiam se misturar, mas hoje vejo o quanto estava errada. Acima de qualquer coisa, eu quero o seu bem, a sua felicidade, a realização dos seus sonhos. Faria qualquer coisa que pudesse para te ajudar nisso e acho que esse é o papel de um amigo. Mas não posso negar que, estar com você, mesmo que só de vez em quando, faz parte de um dos meus sonhos também, e a partir daí começo a concluir que poder te abraçar, te beijar, conversar com você, sentir seu cheiro e sua presença vale mais do que qualquer compromisso. Sei que muitas pessoas não desculpariam o que eu desculpei, mas acho bobagem insistir em bobagens. A gente sempre acha que a morte está longe da gente, mas para morrer basta estar vivo. A vida passa tão de pressa e acho que o maior erro que podemos cometer é não demonstrarmos a quem gostamos o quanto eles são especiais para gente, por orgulho ou por medo. Se hoje me dessem a oportunidade de fazer um pedido em relação a nós dois, eu pediria para que sempre existisse um misto de romance com amizade entre a gente. Assim, como namorado, ficante, ou amigo, assim, de uma forma ou de outra, nós nunca mais ficaríamos separados. Então, termino dizendo o que há muito tempo penso em dizer, sem me preocupar se vai parecer apelativo ou clichê, se vai parecer sincero ou não: eu amo você. Eu amo sim, e amor, é para sempre.

Beijocas :*