tag:blogger.com,1999:blog-87986968750746749062024-03-06T00:44:16.555-08:00Caroline NovaisCaroline Novaishttp://www.blogger.com/profile/09558153409964877824noreply@blogger.comBlogger58125tag:blogger.com,1999:blog-8798696875074674906.post-58775947130845820382011-11-28T23:54:00.000-08:002011-11-28T23:58:15.771-08:00Novo BlogGente, tô com um blog de assuntos femininos =) Deem uma olhadinha e colaborem como vocês colaboraram neste. Beijo grande!<br /><br /><a href="http://www.fofoquinhadebanheiro.blogspot.com/">Clique aqui para acessar o blog</a>Caroline Novaishttp://www.blogger.com/profile/09558153409964877824noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8798696875074674906.post-41221075865200804142010-06-28T16:14:00.000-07:002010-06-28T16:18:58.684-07:00Mil atmosferas<span style="font-family:verdana;font-size:85%;">Chego em casa e, sem nem ao menos me olhar, minha cachorra sabe o que está se passando aqui dentro. Sem nem eu mesma entender tudo isso, ela sabe o quanto eu preciso de lambidas e rabo balançando pela minha presença. Nós, humanos, somos capazes de colonizar o universo, construir grandes redes de comunicação, destruir o mundo. Por mera ironia, somos capazes também de criar vidas artificialmente. Nós podemos tudo. Sempre que eu olho para a minha cachorra porém, fico pensando em quanto somos frágeis, em quanto somos criaturas apenas em estágio experimental. Quantos rostos, quantos corpos, quantas pessoas todos os dias cruzam os nossos caminhos e somos incapazes de enxergar tantas histórias, tantas marcas, tantos traumas. Histórias, marcas, traumas. Afinal, de que somos feitos? Dentro de nós habita um software ou uma história? Nossa história nos deixa como herança robôs ou marcas? Viver é um eterno perde e ganha. Perdemos tudo. E ganhamos o que? Quando a gente encara a morte, física ou sentimental, quando a gente se ilude, quando a gente não se supera, quando a gente sente dor, quando a gente ama sem ser amado, quando a gente sente o gosto amargo da vida sendo esfregado na nossa cara. O que a gente ganha? Um martelo? Uma chave inglesa? Um parafuso? A gente é feito de lógica ou interpretação? A gente ganha traumas. Você, eu, o mundo todo. Há quem saiba assumir, há quem saiba se mostrar, há quem não se esconda atrás de logs, cálculos e física quantitativa. Entretanto, talvez você não saiba. Eu, a mulher das palavras, do português, dos sentimentos, dos textos, da interpretação. Eu que sei ser o espelho de tanta gente e assumindo o que todo mundo sente sem assumir, as dores, os vômitos, as neuras, sirvo de Judas e estou sempre ali, em pleno julgamento. Eu também não sei lidar com as suas migalhinhas. Eu não sei lidar com esse seu jeito gente boa como recompensa por eu te querer tanto e não ser nem metade do que você sonha, com esse seu sorriso lindo, certinho de agradecimento por cada declaração apaixonada que você não pode corresponder, com esse seu jeitinho todo seu de fazer eu me sentir tão para baixo por não ser as pernas, as bundas e os peitos que tanto te agradam. Eu não sei lidar com essa coisa de você estar no mundo e não ser meu. Nem por um segundinho, nem em um cantinho escondido, nem em um suspiro no meu lençol da Minnie. Eu não sei lidar com essa sua existência ausente. Eu não sei se você sabe mas eu fujo de você todos os dias. Em cada pensamento, em cada engolida a seco, em cada "oi" superficial. Eu estou sempre ficando com vontade de ir. Eu me afundei a cada dia mais por querer. Você cumpriu todas as etapas para me deixar de quatro: achou sem importância o que eu dizia, me cortou, falou de milhares de outras, me botou para baixo, me ofendeu. Me colocou no meu lugar. Você aí, vivendo sozinho, trabalhando, com a vida "meia" encaminhada. E eu aqui, querendo logo fazer dezoito para entrar nas boates, prestando vestibular, feliz por ter passado em um curso de segunda opção, vivendo entre bonequinhas e mimos de papai e de mamãe. Eu realmente sou uma grande merda nenhuma. Era só isso que faltava: você deixar de ser o cara legalzinho, simpático, gente boa e começar a dar umas porradas na minha cara. Eu no fundo sou igual a sua ex, eu no fundo sou igual a todo mundo. Você se acha muito adulto e talvez seja mesmo. Você acha muito difícil trabalhar oito horas por dia e depois ainda ter que cozinhar e talvez seja mesmo. Mas queria ver como você se sairia sendo eu então. Como você lidaria com essas milhares de mulheres diferentes que estão aqui dentro e brigam o tempo todo, e me machucam o tempo todo para saber quem vai predominar. Eu sou vagabunda, suja e fútil. Eu sou falsa, mesquinha e baixo nível. Sou muito mesmo. Sou desse tipinho que não vai te dar sossego, que vai te fazer pedir arrego e que depois vai reclamar da sua incompetência. Que vai pegar o seu celular, vai anotar o número de todas as mulheres das suas últimas chamadas e vai infernizar a vida de todas elas. Uma a uma. Ué, como você nunca soube disso? Aqui dentro tem também uma menina tão bobinha, tão pura, tão inocente. Tão cheia de sonhos e ilusões. Ao lado, a mãe castradora que reprime todos os desejos. Depois a avó, com um coração gigante e com uma vontade maior ainda de abraçar e cuidar do mundo. De perdoar o mundo inteiro. O herói medieval que liga no dia seguinte, implora e manda presentes. Eu sou tudo mas você só me enxerga como um nada e ser nada foi o que eu fui a vida inteira. Para você, para ele, para todos os outros. Eu não sei amar sem ser insana. Você está indo embora como todos eles foram. Você bagunçou um pouquinho a minha vida mas achou sem graça eu ser a marionete. Eu até chorei, assumo. Eu até me desesperei, eu até fiz todo aquele meu teatro de me cobrir até a cabeça e me esconder do mundo como nas novelas. Você teve direito ao repertório completo. Mas eu já vi este filme antes: você vai todo lindo e eu fico aqui me sentindo usada, errada, criança. Pois é, você não foi o primeiro. Então tá. Tudo bem. Deixa assim. Não dá para discutir com a sua grandeza. Eu aceito ser só o tapetinho. Consegue ouvir? Olha só: meus pulmões estão se expandindo! Agora eu consigo respirar.</span><br /><span style="font-family:verdana;font-size:85%;"></span><br /><span style="font-family:verdana;"><span style="font-size:85%;">Beijocas :<span style="color:#ff99ff;">*</span></span></span>Caroline Novaishttp://www.blogger.com/profile/09558153409964877824noreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-8798696875074674906.post-44746472016207561282010-03-13T19:31:00.000-08:002010-03-13T19:32:18.377-08:00(In)suportável<span style="font-family:verdana;font-size:85%;">Fixou os olhos em um ponto qualquer e manteve-se estática, sem forças ou coragem de olhar se quer para o lado. Tempo e espaço fundiram-se naquele ponto qualquer da parede rosa e ali ela ficou sem esperar nada. Esperando tudo, espero quaquer coisa sem de fato esperar algo. Da espera surgem as angústias, as frustrações. Seu corpo não era mais matéria, por alguns momentos foi absorvido pelos pensamentos. Todos a viam ali mas nas lembranças, nas perguntas sem respostas e na própria vergonha de ser quem é e de estar onde está é que ela se encontrava. E se perdia cada vez mais. Foi acostumada a levantar, a engolir o gosto amargo e pegajoso de tudo que pressionava e fazia saltar suas veias e escovar os dentes com menta para mostrar ao mundo o frescor que de fato não tinha. Ela apenas esperava. Esperava. Espera. "Tempestade um dia passa.", disse o sábio e todo vazio tinha sentido e alívio por alguns segundos. Inclinou um pouco a cabeça. Era o primeiro gesto banhado de coragem e de mudança. Fechou os olhos e perdeu-se um pouco mais, agora no escuro que dentro dela ofuscava e engolia o rosa chiclete das paredes. Aos poucos tudo começou a ganhar forma. O travesseiro era o peito, o resto não tinha importância. Não lembrou da cabeça, dos braços, das pernas e nem dos dedos. O mundo agora era só aquele travesseiro. Recostou a cabeça e levemente a mesma afundou por entre penas e plumas. Fez dali seu novo ninho. "Eu cuidaria de você em qualquer situação.", ele sussurrou com cheiro de menta. Ela segurou com força a cama para não voar e quis ser cada vez menor e vulnerável para caber, agora inteiramente, naquele peito. Beijou-o com a pureza de mãe e filho e transbordou saudade, conforto, paixão e algo que ninguém, até agora, soube dar um nome. Não por acaso o sentimento mais gostoso de todos. Tinha gosto e cheiro de menta. "Eu quero que o mundo me magoe sempre se no final for me perdendo em você que eu me encontre de novo", confessou a menina. Ele apenas sorriu e abraçou-a. Quase viraram um só. "Eu te ..", ele calou-a com os dedos. "Não fala nada. As palavras são traiçoeiras. Apenas fica paradinha. Apenas deixa eu cuidar de você como prometi e me mostra assim, o quanto nossas existência nesse mundo de insanos estão interligadas. Palavras e todo o resto são mutáveis, o que sentimos não. Ao menos enquanto durar esse momento.". Fez que sim com uma piscada doce de olhos e desligou-se de tudo que nunca tinha ligado para ela. Tudo tem a sua hora, até o adeus. Mas seu tempo, os minutos não podiam mais controlar. Colou o ouvido no travesseiro e contou os segundos a partir dos batimentos que ouvia. Tudo agora era ele. Tudo enfim tornou-se suportável.</span><br /><span style="font-family:verdana;font-size:85%;"></span><br /><span style="font-family:verdana;"><span style="font-size:85%;">Beijocas :<span style="color:#ff99ff;">*</span></span></span>Caroline Novaishttp://www.blogger.com/profile/09558153409964877824noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-8798696875074674906.post-78393832278382494712010-01-24T23:47:00.000-08:002010-01-25T04:22:35.940-08:00Lamentos enrustidos<span style="font-family:verdana;font-size:85%;">Não digo que voltou, não por nunca ter ido, mas por não mais sofrer. Dor, palavra que melhor te descreve. Até na felicidade havia agonia. Felicidade programada para o fim breve. Eu sempre soube. Nossos beijos, até os primeiros após as reconciliações, eram os últimos. Eu estava preparada todo dia para ouvir o adeus que você nunca teve coragem de dizer mas que de alguma forma matava a gente um pouquinho mais conforme o tempo passava. Você era a minha bomba relógio e eu havia escolhido ser kamikaze: escolhi você todas as vezes que me deram a opção de mudar e mergulhei de cabeça sempre que pude na piscina rasa que era o nosso relacionamento. Fratura exposta, todo mundo viu a tragédia que foi o nosso fim. Não digo que você foi de todo o mal, afinal, a minha felicidade era sincera, era completa. Nosso romance sempre foi metade. Metade minha. Amor meu. Você era o meu amor, agora você é o amor dela. E ela é o que eu nunca fui. Amor seu. Não digo que seja saudade, tão pouco sofrer, mas penso que o seu bem começou juntamente com o meu mal. Eu estava esperando você e esperei até pouco tempo atrás. Esqueceu de mim nos braços dela. Por falar em braços, não pense que seja dor de cotuvelo. Era, não é mais. Não me pergunte o porque de tudo isso agora, nem lamento é. Olhei pela minha janela as folhas que formavam quase um tapete no asfalto e me dei conta da inconstância da vida, sem medo de parecer louca. Louca fui quando contigo insisti. Passou e se eu me esfroçar, no fundo encontro o vazio que você deixou. Abandonou o lugar que em mim tinha mas deixou a luz acessa. Sabe como é, a conta ficou muito cara e tive que suspender. Ainda existe o seu cantinho, mas a escuridão, a poeira, o silêncio e a melancolia predominam. Tentar não deixar você ir é viver mal assombrada. Vai. Voa. Faz do ninho dela tua nova morada e deixa meu coração livre para novamente amar. Não foi fácil gravetinho por gravetinho reconstruir-me, e chocar o nosso amor em vão foi frustrante. O ovo realmente ficou entalado. Olha, mas agora ele se quebra. Renascimento. É oco e este novo espaço transformo no que quiser. Não volta, nunca mais. Nem para explicar o que não tem explicação. Apenas me evite e me deixe saber o quão viva em você estou. Alimente-a com a sua minhoca, e alimente meu novo eu com o fantasma do que nunca chegou a ser. Não digo que seja vontade de voltar. É apenas vontade de te marcar como um boi e deixar doer em ti, pouco que seja, o que em mim foi suplício e fazer valer a pena tantas coisas que eu achei que haviam se perdido. É apenas vontade de te esquecer mas de ser lembrada. Vontade de incomodar.</span><br /><span style="font-family:verdana;font-size:85%;"></span><br /><span style="font-family:verdana;"><span style="font-size:85%;">Beijocas :<span style="color:#ff99ff;">*</span></span></span>Caroline Novaishttp://www.blogger.com/profile/09558153409964877824noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-8798696875074674906.post-62624897790853178962010-01-08T03:21:00.000-08:002010-01-08T03:22:09.387-08:00Flashback<span style="font-family:verdana;font-size:85%;">Você me pergunta o que está acontecendo comigo e tudo que está na iminência de ser expelido volta. E embrulha o meu estômago. Aquele vai ou não vai, querendo ir mas achando mais seguro ficar. Você me pergunta se eu estou triste, se foi algo que você fez e por um momento eu penso em te contar. Mas acabo ficando quieta esperando que você me engula. Eu queria muito resolver, aliviar tudo isso. Relax, take It easy. Mas você é tão fantástico que por egoísmo, fissura ou massoquismo eu prefiro prolongar o que eu já nem mais sei se é dor. Amoleço ouvindo a sua voz mansa e ficaria ali até que você me tomasse nos braços e, mesmo tendo o silêncio como trilha sonora, me mimasse por mais alguns momentos. Ou pela eternidade, se você quissesse. Eu me sinto tão vulnerável perante a sua grandeza. Não, não houve nada. Tirando a minha imaginação fértil e o meu coração infértil, tá tudo certo. Tá tudo legal. Queria te falar sobre tantas idéias que somem ao descobrirem que vão virar palavras. Eu estou com medo. Eu sei que vai soar como um clichê exagerado, mas eu estou com medo de perder você. Você me diz que ele vai voltar, prossegue com um riso orgulhoso da piada anterior e eu te pergunto se o que nunca veio pode voltar. Silêncio. Fico surda e continuo muda, agora movida pela vergonha de ser eu mesma. Se não delirei, escutei um suave: "Você acha impossível?". Eu não acho nada. Durante toda a minha vida eu achei muito e hoje é o pouco quem me acompanha. Eu não quero planejar, imaginar cores, formas, cheiros para o que eu nem sei se vai existir. Se vai voltar. Fora de mim, é claro. Mas eu não consigo. You make me crazy! Já te falaram isso, estou ciente. Eu tenho medo de como estou amorfa longe de você e de como você preferiu, prefere e prefirirá milhares de outras formas por aí. Eu tenho medo de te perder, repito. Perder o (pseudo) amor, o amigo, o homem. Perder tudo. Perder todos. E é exatamente por temer tanto te perder que eu me perco no meu silêncio, nas palavras não ditas e apenas fecho os olhos e peço para que o cara lá de cima seja legal dessa vez comigo. E apenas peço para que exista um pouco de realidade nas minhas fantasias. Não sei porque, acho que já vi esse filme antes ..</span><br /><span style="font-family:verdana;font-size:85%;"></span><br /><span style="font-family:verdana;"><span style="font-size:85%;">Beijocas :<span style="color:#ff99ff;">*</span></span></span>Caroline Novaishttp://www.blogger.com/profile/09558153409964877824noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-8798696875074674906.post-66081184133389215242010-01-03T20:30:00.000-08:002010-01-03T20:33:37.764-08:00Clique aqui para adicionar um título<span style="font-family:verdana;font-size:85%;">Hoje escrevo para homenagear quem por si só já é homenageada, quem por si só é exclusiva. Escrevo sobre aquela que não podemos descrever mas que passamos grande parte de nossas vidas tentando traduzir. Sentimos do que se foi e do que não chegou a ser. Ouso dizer que principalmente do último. Pode ser tudo, por não ter sido nada. Sem título, sem descrição, com alma. Pura alma. Alma pura. Às vezes aperta, esmaga tanto que acabamos deixando solto aquilo que prendemos com esforço, mas também refletimos sem perceber o que de mais sincero e feliz temos no nosso eu deconhecido por nós mesmos. É contraditória e em muito momentos chega sem razão alguma. Um cheiro, um gosto, uma música, um lugar. Desprovida de fórmula, tem a forma que a gente quiser mas vêm a tona sem a gente querer. Sinto de mim. Sinto de quando não tinha alguma consciência que fosse da dimenção de tudo isso. Medo, receio. Sinto dele. Sinto de quando tinha milhares de planos escritos na areia e a tempestade nem anunciava vir. Mágoa, questionamento. Sinto do que desconheço. Sinto do que existiu apenas na minha cabeça e que muitas vezes não foi realizado por não depender só de mim. Ilusão, tempo perdido. Sinto do que ainda vai ser. Sinto por ter certeza que ainda vou perder muitas pessoas, fisicamente ou sentimentalmente. Sei que natural são as separações e inevitável é a renovação. Nem tudo é forte e verdadeiro o suficiente. Nem tudo merece continuar. Angústia. Apenas. Sinto o que é universal. Sinto por toda a humanidade. Sinto por todos aqueles que não são capazes nem de começar a descrevê-la, sinto por aqueles que não a tem incluída em sua língua pátria. Exclusiva no meu idioma, vulgar em todo o resto. Saudade. No plural: saudades. Sinto. Só.</span><br /><span style="font-family:verdana;font-size:85%;"></span><br /><span style="font-family:verdana;"><span style="font-size:85%;">Beijocas :<span style="color:#ff99ff;">*</span></span></span>Caroline Novaishttp://www.blogger.com/profile/09558153409964877824noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8798696875074674906.post-18734774702439678062009-12-18T21:05:00.000-08:002009-12-18T21:06:41.593-08:00Discurso de formatura (Deus)<span style="font-family:verdana;font-size:85%;">Vivemos na era da globalização, da interação, da quebra de barreiras. Podemos nos locomover na velocidade do som, estar em diversos países em um mesmo dia, ou simplesmente mandar um “alô” para alguém no outro lado do globo. Por sua vez, apesar de tanto progresso, nossas tecnologias são capazes também de aumentar o buraco na camada de ozônio, destruir ecossistemas inocentes a nossa ganância e, como se não fosse o suficiente, eliminar o único mundo que nos acolhe diversas vezes. Cada vez com uma intensidade maior e com menos princípios ousamos na nossa brincadeira de ser DEUS. DEUS? Você acredita em DEUS?<br />Mecanizamos nosso trabalho, nosso lazer e até mesmo a nossa razão. Acreditamos somente naquilo que é visível e palpável, ou quem sabe, justificável por cálculos matemáticos. Matamos ao logo deste processo que apelidamos de “evolução” os instintos básicos da nossa espécie. Hoje em dia, dificilmente encontraremos alguém que sinta com frequência compaixão, amor, carinho e que saiba perdoar e respeitar o próximo. Esses valores, pregados em todas as religiões, juntamente com o nome de DEUS, ironicamente tornaram-se apenas justificativas para tantos conflitos e guerras.<br />DEUS, assim como a globalização, ultrapassa barreiras. Acreditar NELE é muito mais do que ser católico, protestante, judeu, budista, kardecista ou umbandista. Acreditar em DEUS é acreditar na vida, é acreditar que estamos aqui com um propósito, e portanto, todos nós, negros, brancos, pardos estamos interligados. Cada um de nós é um elo de uma grande corrente.<br />Hoje encerramos um ciclo em nossas vidas, talvez o mais significativo até agora. Nossos pais e mestres de guias tornam-se, a partir deste momento, platéia e nossas pernas começam a dar seus primeiros passos sem apoio. De agora em diante é de nossa inteira responsabilidade o destino de nossas vidas e, portanto, de toda a humanidade. Como diria Gonzaguinha: somos as “sementes do amanhã”. E no que as “sementes do amanhã” acreditam? Em Cristo, Maomé, Alá, Buda ou Oxalá? A pergunta correta não é no que acreditamos. A pergunta correta é se nós acreditamos. E a resposta é SIM, nós acreditamos. Acreditamos na vida, nos bons atos e pensamentos. Acreditamos nos homens e no futuro. Acreditamos em toda a humanidade e na nossa força de mudar o nosso planeta. Nós, as “sementes do amanhã”, somos o motor do mundo.<br />Nossa força provém do nosso DEUS, independentemente do que isto signifique. DEUS é muito mais do que imagens e conceitos pré estabelecidos coletivamente. Cada um dá um nome para esta grandeza quase inexplicável que bate, arrebenta o peito quando se é jovem, quando se tem pouca idade e milhares de sonhos. ELE não está no meio de nós. ELE está dentro de cada um de nós. Não usemos sua relatividade para disseminar o mal e nos lembremos das palavras de um livro mundialmente conhecido, O Pequeno Príncipe: “Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas. Só se vê bem com o coração.”.</span><br /><span style="font-family:verdana;font-size:85%;"></span><br /><span style="font-family:verdana;"><span style="font-size:85%;">Beijocas :<span style="color:#ff99ff;">*</span></span></span>Caroline Novaishttp://www.blogger.com/profile/09558153409964877824noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-8798696875074674906.post-65608150384870930372009-11-25T17:51:00.001-08:002009-11-26T10:21:35.557-08:00Passagem de ida (sem volta)<span style="font-family:verdana;font-size:85%;">Eu poderia ter me perdido mais no teu peito, me encontrado mais em cada dobrinha da tua pele e quem sabe, ter descoberto a cada respiração ofegante e a cada batida descoordenada e acelerada do meu coração mais motivos para ter me apaixonado por você. Ouça bem, meu bem: eu só queria ter tido novos motivos. Eu só queria ter mudado aquele meu velho discurso de bochechas, inspirações e expirações. Só isso. Mas sei que amor eu não poderia ter sentido mais. Um dia, assim como uma desintegração, com a nova tão velha mania das palavras de desprenderem-se da tua boca como lâminas, você partiu. Viajou para muito mais longe do que aquilo que poderia ter sido e não foi. Acabou. Há quem diga que foi isso que aconteceu, mas eu prefiro acreditar, iludindo-me com a certeza de que a diferença da realidade e da ilusão está nas doses, que o nosso (ou meu) amor virou uma estrela. Uma estrela daquelas bem brilhantes e infinitamente distantes. Estrelas aquelas que nunca esquecemos que lá estão, mas que desistimos ainda crianças de arrancá-las do céu.</span><br /><span style="font-family:verdana;font-size:85%;"></span><br /><span style="font-family:verdana;"><span style="font-size:85%;">Beijocas :<span style="color:#ff99ff;">*</span></span></span>Caroline Novaishttp://www.blogger.com/profile/09558153409964877824noreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-8798696875074674906.post-68068717514697694302009-09-12T17:03:00.000-07:002009-09-12T17:06:13.636-07:00Intérfase<span style="font-family:verdana;font-size:85%;">No dia da grande estréia, bem que a obstetra avisou: “Essa menina tem um desvio, o coração no lugar do cérebro!”, mas ninguém deu muita importância. Sempre fui como um barril de pólvora. Alguma coisa dentro de mim nunca conseguiu separar a comédia, o drama, o terror e o romance, e eu, não contradizendo as palavras da médica, explodia em milhares de lágrimas e sentimentos. É, eu estava predestinada a ser filme água com açúcar. Cresci e meus pais tiveram que deixar de pensar por mim. Foi assim que me tornei então, campo de experimento de mim mesma, campo de experimento do meu coração. Eu nunca te disse, mas sinto falta da vertigem que era te ter ao meu lado, de descobrir todo dia, entre respirações e expirações na sua nuca e mordidas na sua bochecha, o motivo do meu coração estar no lugar errado: você era, finalmente, o lugar certo. Apesar do meu filme, do nosso filme não ter terminado com “e viveram felizes para sempre”, dou continuidade, pois a platéia espera lá fora. Espero então que de alguma forma você descubra: está guardado. O meu coração quebrado, as cenas cortadas e todo resto. É só você querer montar.<br />(Texto concorrendo no Tudo de Blog - "Minha vida daria um filme!")</span><br /><span style="font-family:verdana;font-size:85%;"></span><br /><span style="font-family:verdana;"><span style="font-size:85%;">Beijocas :<span style="color:#ff99ff;">*</span></span></span>Caroline Novaishttp://www.blogger.com/profile/09558153409964877824noreply@blogger.com9tag:blogger.com,1999:blog-8798696875074674906.post-6558099448548883142009-09-09T17:13:00.000-07:002009-09-09T17:39:47.528-07:00(Des)umano<span style="font-family:verdana;font-size:85%;">Você odiava o meu cabelo preso, eu me lembro bem. Eu me lembro bem que não importava o quanto eu te explicasse como ele estava feio e implorasse para me deixar ficar daquele jeito, para me deixar ser daquele jeito: você sempre puxou o elástico. Quando eu era criança, sempre quis ser aquela menina dos cabelos grandes e lisos. Aquela que é a mais bonita da turma, que não é gorda nem desajeitada, e que todos os garotos no auge da sua idade mental (uns sete anos, depois as coisas começam a declinar) são apaixonados. Aquela que te faz parecer mais feia do que realmente é e traumatiza não só o seu primário, mas toda a sua vida, fazendo você mais tarde achar que seu peito é pequeno, sua bunda não existe e que ele nunca está olhando para você, é sempre para a sua amiga do lado. A mulher que não foi essa menina, com certeza, conheceu uma dessas. O tempo passou, as escovas progressivas, definitivas, marroquinas e indianas foram inventadas e todas nós pudemos, finalmente, sermos felizes. Enfim, expus meu trauma pré adolescente apenas com a função de base para meu argumento: jamais prenderia meu cabelo depois de anos de sofrimento se o mesmo não estivesse realmente "insoltável". Mas o mais engraçado disso tudo, é que mesmo depois de tanta autoridade e convicção, eu ficava feliz de verdade quando estava do jeito que você queria, eu me sentia bonita de verdade quando estava dentro dos seus moldes de beleza, eu me sentia completa de verdade quando você me aceitava. Eu construí um mundo a nossa volta. Um mundo onde ninguém transpira ou se cansa. Onde todos os dias, todas as horas, todos os minutos, eu estava perfeita e a sua disposição, embora eu ache que você nunca prestou muita atenção nisso. Mesmo que não tenha conseguido, eu juro que tentei. Eu tentei não ser humana, porque como diz o ditado: "errar é humano". Desde o dia em que você se transformou perante as minhas retinas e me fez gostar da idéia de os meus filhos nascerem com o queixo um pouco mais pontiagudo, eu dediquei todo o tempo que ainda restava da minha existência na difícil (impossível) tarefa de te agradar. Eu queria ser a mais feminina possível, não só por ter uma alma meio viadinha, mas para você parecer muito mais homem e másculo ao meu lado. Ou será que era para eu parecer mulher de verdade ao seu lado? Não sei. Mas o fato é que quando você me olhou e perguntou o que eu tinha que fazia você sempre querer voltar, eu me senti tão, tão pequenininha e frágil que queria voltar mesmo era para o útero da minha mãe. Eu vivia assim com você: entre antíteses. Entre altos e baixos. Entre me achar mulher fatal e guardanapo usado. Entre dormir feliz por termos saído e acordar com nós separados. Um dia aconteceu. Um dia o seu sorriso ficou meio forçado, seu intusiasmo não era o mesmo do início e você não conseguia esconder, embora negando, o quanto a minha companhia tornou-se um peso. Eu fiquei tão, tão pesada que me machuquei muito quando, inutilmente, tentamos arrastar para o futuro o que eu tinha que fazia você sempre querer voltar, mas que tinha se perdido em algum lugar do passado. Mesmo vendo a cada dia o que nós tínhamos ficar pequenininho até desaparecer, eu nunca derrubei os muros que ergui envolta daquele mundo que construí. Estava ali, como eu gostaria de estar: intocável. Mesmo vendo muitas outras mulheres entrando e saindo da sua vida, eu queria continuar como uma boneca de coleção, esperando pelo dia em que você quissesse novamente me tirar da caixa. Hoje eu até ensaiei uma corrida atrás do seu ônibus, mas minhas pernas não recebem mais motivos para isso. Eu coloquei a culpa no muro pelo meu deslize. Talvez até seja. Talvez eu realmente ainda queira que você me queira, assim como todo homem quer um pedaço de coxa ou de bunda. Sem carinho, sem admiração e sem paixão mesmo. Querer só por querer. Talvez eu ainda nutra essa vontade utópica e imbecil de você sempre me achar linda e desejar até a sua última pontinha de unha não ter me deixado. Talvez seja por isso que eu me senti tão fracassada por estar ali, suada, de cabelo preso e cara lavada. De um jeito que você nunca me desejou ao seu lado. É, talvez. Mas foi naquele instante, entre o passo adiante e a conscientização de que era melhor não correr atrás, que eu olhei uma gotinha de suor no meu braço e descobri: ufa, voltei a ser humana!</span><br /><span style="font-family:verdana;font-size:85%;"></span><br /><span style="font-family:verdana;"><span style="font-size:85%;">Beijocas :<span style="color:#ff99ff;">*</span></span></span>Caroline Novaishttp://www.blogger.com/profile/09558153409964877824noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-8798696875074674906.post-75206187433231837592009-09-06T11:17:00.001-07:002009-09-06T11:17:43.031-07:00Intransitividade<span style="font-family:verdana;font-size:85%;">- Você hoje em dia me chama de garota, mas olha que lindo o que eu achei aqui.<br />(pausa)<br />- O que tem de lindo?<br />- Não sei se lembra, mas foi você quem me mandou isso.<br />(risos)<br />- Sério? Você conhece as minhas amnésias.<br />- Infelizmente conheço.<br />(silêncio)<br />- Por que você ainda guarda isso?<br />- Eu tinha até esquecido, mas achei aqui. Guardei porque era um motivo bom para lembrar de você, no meio de tantos ruins.<br />- Você não tem mais o que fazer mesmo.</span><br /><span style="font-family:verdana;font-size:85%;"></span><br /><span style="font-family:verdana;"><span style="font-size:85%;">Beijocas :<span style="color:#ff99ff;">*</span></span></span>Caroline Novaishttp://www.blogger.com/profile/09558153409964877824noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-8798696875074674906.post-6181640094544539252009-08-16T14:06:00.000-07:002009-09-05T11:29:25.808-07:00Greenpeace, Emotionpeace<span style="font-family:verdana;font-size:85%;">E no meio de tanta violência, de tantas armas e de tantas balas perdidas, eu percebo, mais a cada dia, que o verdadeiro perigo do mundo são as próprias pessoas. Ao invés de usarmos coletes especiais, deveríamos blindar nossas almas e nossos corações. A vida é delicada, mas realmente vulneráveis são os nossos sentimentos. Todo estão muito preocupados em não desperdizar água, em poupar energia, em preservar o meio ambiente .. Por que não podemos, então, não desperdizar, poupar e preservar o que sentimos? As nossas lembranças, as nossas saudades. Cada um de nós vem ao mundo com uma língua própria e é inocente demais pensarmos que qualquer um poderá decifrá-la. Dias, semanas, meses, anos, séculos passam e entre tantas guerras em nome de Deus e destruição em nome do progresso, eu continuo com essa coisa pré-histórica no meio do peito. Antiga demais para ser lembrada e moderna demais para ser entendida. Carrego comigo pessoas que existem, mas que eu própria moldei. Pessoas que se assustam com o que poderiam ser nesse mundo que construí. Pessoas que a todo momento querem ir embora desse mundo que me foi imposto. Levo comigo a saudade do que existiu somente dentro de mim e que nem por isso é menos real, a vontade de seguir em frente, mas querendo retroceder. Sinto-me em um tiroteio de emoções e volto a ser o que talvez nunca deixei e deixe de ser. Volto para debaixo das minhas cobertas e apenas, com os cílios um pouco molhados, ou não, fecho meus olhos. Aceito o que me é dado, aceito a vida que deve continuar seu curso natural. A vida continua, sempre continua.<br /><br />Voltei, gente! :) Sou uma vestibulanda, né? hahahaha .. E juntar tempo e inspiração anda difícil ..</span><br /><span style="font-family:verdana;font-size:85%;"></span><br /><span style="font-family:verdana;"><span style="font-size:85%;">Beijocas :<span style="color:#ff99ff;">*</span></span></span>Caroline Novaishttp://www.blogger.com/profile/09558153409964877824noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-8798696875074674906.post-52825669890826491102009-06-22T16:30:00.000-07:002009-06-22T16:55:49.791-07:00Carta para Marta Medeiros<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjzsPvqF5rB0FEhcXkAa_n6MIUV5xBWyZIv-jTAscmkmJ41m6WCURXRDPjSi3l0yJTmdsVommh7yvPZMuzl4-6pM4bRI0R6lBb8Z2v85PRgy8S4XnNUd753UpDlWPPwDTEMtBg2dXbxchY/s1600-h/Outras+(1218).jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 242px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjzsPvqF5rB0FEhcXkAa_n6MIUV5xBWyZIv-jTAscmkmJ41m6WCURXRDPjSi3l0yJTmdsVommh7yvPZMuzl4-6pM4bRI0R6lBb8Z2v85PRgy8S4XnNUd753UpDlWPPwDTEMtBg2dXbxchY/s320/Outras+(1218).jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5350303958970758850" /></a><br /><br /><span style="font-family:verdana;font-size:85%;">"Com base nos textos trabalhados em sala, de autoria de Lya Luft e Marta Medeiros, escreva uma carta argumentativa, endereçada a uma das autoras acima referidas, respondendo à seguinte questão: "Você tem fome de quê?" Um dos argumentos deverá, obrigatoriamente, apoiar-se em uma idéia da autora a quem você não está se dirigindo, citando-lhe o nome. Sua redação será construída em estrutura de 4 ou 5 parágrafos. Faça uso do tratamento "a senhora", bem como do registro da língua padrão. Utilize caneta preta ou azul."<br /><br />Rio de Janeiro, 01 de junho de 2009<br /><br />Senhora Marta Medeiros:<br /> Eu, pequena admiradora dos seus textos, venho por meio desta carta explicitar minha fome. Suas palavras foram bombas calóricas que me energizaram para falar, desconsiderando a balança do coração e os centímetros a mais na cintura da consciência. Hoje está chovendo aqui na Tijuca, e a água, ao invés de disfarçar a fome, deixá-la para mais tarde, faz meu estômago querer me engolir.<br /> A paixão não é vermelha. Paixão é branca, e quando decomposta, reflete as sete cores. Eu tenho fome de paixão, fome de cores e de vida. A gravidade evidencia o peso do meu corpo, mesmo corpo que era leve e colorido, e que agora mendiga as migalhas de alguém que ignora seu estado morimbundo.<br /> "Fome de confiança: ah, essa não dá para esquecer.", disse Lya Luft. A cura para minha fome está na autotrofização do meu ser, na minha autoprodução de felicidade e aconchego, na confiança em quem nunca me abandonou, ou mentiu: eu mesma. Sei que tenho que me alimentar, mas faltam-me forçar para levantar o garfo.<br /> "A fome é mais violenta do que o desejo.", não me restam dúvidas. Mesmo querendo ficar, mesmo desejando desejar modernamente, minha fome todo dia grita que não nasci para isso. Tenho dois olhos, um nariz, uma boca e sou considerada perfeitamente inteira. Por que viver então com o coração aos pedacinhos? Vago pelas ruas tentando esquecer o farto banquete e procurando qualquer média requentada.<br /> Reclamo da fome mesmo sem nunca ter conseguido ficar plenamente satisfeita com a saciedade. Fome de vencer, fome de ligações, fome de carinho, fome de presença, fome de consideração, fome de paixão. A vontade de comer cores, vida é o que nunca deixa a acomodação chegar e nos faz levntar da cama todos os dias.<br /><br />Atenciosamente,<br />CBN<br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhqBbVzxadWTdVkkadm5qCxsr-hisaA9QK70CEzYcG_MCSJt4PJkPudUx_W85whGC9o0jKq9ZxWkWQUk4EoMQXhWaymaJF6rsl20-9Nota3Dz0t_Zj-gk4H7UAhXe4oj2BQZjjPoFwNwHE/s1600-h/Outras+(1219).jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 234px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhqBbVzxadWTdVkkadm5qCxsr-hisaA9QK70CEzYcG_MCSJt4PJkPudUx_W85whGC9o0jKq9ZxWkWQUk4EoMQXhWaymaJF6rsl20-9Nota3Dz0t_Zj-gk4H7UAhXe4oj2BQZjjPoFwNwHE/s320/Outras+(1219).jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5350304610792311554" /></a></span><br /><span style="font-family:verdana;font-size:85%;"></span><br /><span style="font-family:verdana;"><span style="font-size:85%;">Beijocas :<span style="color:#ff99ff;">*</span></span></span>Caroline Novaishttp://www.blogger.com/profile/09558153409964877824noreply@blogger.com9tag:blogger.com,1999:blog-8798696875074674906.post-54893055683746931872009-06-14T09:21:00.001-07:002009-06-14T09:21:49.822-07:00Não diz nada<span style="font-family:verdana;font-size:85%;">Não diz para mim que você pensa em mim, não diz para mim que você pensa no meu futuro. Tem gente demais já cuidando disso. Até demais. Não diz para mim que você vai embora, que é melhor, que eu vou ficar melhor. Você não vê que eu não quero ficar melhor? Que eu não consigo acreditar que exista algo melhor do que aquele seu abraço até estalar todos os meus ossinhos, do que o seu cheirinho escondido em uma dobrinha do seu pescoço, e do que a sua bochechinha molenguinha? Eu preciso muito de você, nem que seja de vez em quando, nem que seja te dividindo em mil pedacinhos tão meus para mil outras meninas. Não diz que é injusto. Injusto é esse buraco no meio do peito, é o meu coração pequenininho, é essa vontade de ficar em algum lugar bem escuro e quentinho e chorar toda essa vontade louca, forte e dolorida de ficar ao seu lado. Não diz que você evita me ver, por favor. Eu juro que eu fico paradinha, não faço nenhum barulho, mas deixa eu ficar aqui, olhando para você, me devolve aquele sorriso bobo, sem motivo que a sua vinda sempre trouxe. Não faz isso comigo. Não arranca assim, de uma vez só, algo que já é tão meu, algo que já está entranhado em mim. Cumpre o que você me prometeu três vezes. Pede para sair comigo, pede! Eu juro que nem charme vou fazer, deixo até pré avisado que aceito. Eu sempre aceitei, eu sempre vou aceitar. Fica aqui só um pouquinho. Faz meu cabelo deslizar por entre seus dedos, me abraça por trás e me desarma quando a minha vontade é tacar seu celular na parede e impedir que todos os seus amigos te achem, tira esse meu medo de dormir e sonhar com você, sabendo que ao acordar eu vou estar sozinha e encolhidinha. Não diz que você não sabe. Volta para mim, nem que seja uma vez por semana, uma vez por quinzena, uma vez por mês. Não faz eu ter que seguir em frente com toda essa tristeza aqui dentro, não faz eu ter que ignorar o meu coração murchinho, não faz eu ter que sorrir sem vontade, não faz o sol nascer e se pôr sem você, não me deixa com medo de me magoar, não deixa outra pessoa deslizar os dedos por entre meus cabelos, não deixa outra pessoa estalar os meus ossinhos. Não deixa me levarem, me deixa ficar aqui. Deixa! Não diz nada. Só diz que sim, diz que você vai voltar para mim, nem que seja de vez em quando. Nem que seja muito de vez em quando.<br /><br />=/</span><br /><span style="font-family:verdana;font-size:85%;"></span><br /><span style="font-family:verdana;"><span style="font-size:85%;">Beijocas :<span style="color:#ff99ff;">*</span></span></span>Caroline Novaishttp://www.blogger.com/profile/09558153409964877824noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8798696875074674906.post-91411836289140723302009-05-12T12:21:00.001-07:002009-05-12T12:21:51.526-07:00Carta marcada<span style="font-family:verdana;font-size:85%;">E então me sinto tão boba, e então a vida se torna tão boba. Mesmo que nem tudo seja como eu gostaria que fosse, aquele caminho que eu percorro todo dia, aquele caminho que poderia fazer de olhos fechados e, enfim, tudo a minha volta, se torna tão bobo, tão colorido, tão bonito só porque a sua existência é algo concreto. Você existe e fim. Você existe e forma metade da minha felicidade, metade dos meus sonhos e metade de mim mesma. Tudo se torna tão pequenininho quando não é você. Você esmaga sua própria ausência com uma presença tão forte que me faz perceber que o mundo antes de você não era mundo. Era apenas o rascunho de tudo de melhor que existe, já que o melhor de verdade é poder descobrir, entre uma expiração e uma inspiração na sua nuca, a todo momento, que eu poderia viver ali para sempre. E eu te confesso que faria tudo de novo, tudo exatamente igual, porque apesar das milhares de piscinas que eu enchi quando você foi embora, viver sem ter conhecido você, seria viver sem vida, viver sem graça, viver por viver. Eu tenho milhares de defeitos, mas eu te juro que nunca nenhum deles será maior do que eu guardo aqui dentro. Do que eu guardei aqui dentro durante toda a minha vida só para você. Eu passo por cima de tudo, não me importo. Se o meu coração for grande demais, eu diminuo. Se o querer estar perto for demais, eu me afasto. Se as demonstrações de afeto forem frequentes demais, eu guardo. Só me deixar ficar aqui, por favor. Me deixa ficar aqui olhando para você e querendo morrer toda vez que a gente se despede. É nessa minha morte e na minha ressucitação toda vez que você volta, que eu percebo o quanto tudo isso, que é uma grande merda, pode ser lindo. O meu amor, de tão grande, te dá autonomia para fazer o que quiser, porque ele sabe que assim, e só assim, você pode voltar. Voltar porque quer. E então, toda vez que você me abraçar durante o nosso caminho testemunhado por tantas pessoas desconhecidas, eu vou deixar. Vou deixar que elas pensem que nós somos um casal de verdade, daqueles que planejam o nome dos filhos e uma casinha de cercas brancas, mesmo que eu não saiba como estaremos daqui a uma semana. Vou deixar a gente parecer, vou deixar a gente sempre só parecer o que eu queria que a gente fosse. O que eu sempre quis que a gente fosse. Dizem que querer é poder, e então hoje, mais do que nunca, eu quero. Acima de querer parecer o que não somos para aqueles que não conhecemos, acima das minhas vontades, acima de todas as verdades. Eu quero, eu escolho. Escolho você. E escolheria você todas as vezes que me dessem a opção de mudar. Eu não quero mudar. Eu quero continuar aqui, empacada no mesmo lugar, se isso significar que você vai continuar fazendo com que eu me sinta boba e tenha vontade de espalhar a minha bobagem pelo mundo. Se isso significar que você vai continuar aqui, do jeito que for, fazendo com que eu ame cada pedacinho seu. Se isso significar que, de uma forma ou de outra, você é meu.</span><br /><span style="font-family:verdana;font-size:85%;"></span><br /><span style="font-family:verdana;"><span style="font-size:85%;">Beijocas :<span style="color:#ff99ff;">*</span></span></span>Caroline Novaishttp://www.blogger.com/profile/09558153409964877824noreply@blogger.com12tag:blogger.com,1999:blog-8798696875074674906.post-576419980349999362009-05-09T21:53:00.000-07:002009-05-10T01:07:55.466-07:00Transversal<span style="font-family:verdana;font-size:85%;">"Não acho a nossa relação justa.", você me disse. Eu procurei então não pensar na realidade da sua frase e apenas olhei fixamente para a calçada. Eu tive medo. Eu tive muito medo. Seria cruel demais olhar para você e ver a provável pena que tem de mim. Doeu, mas eu ignorei a minha dor. Não é fácil. É como se todo dia o meu coração enfrentasse uma guerra. É como se cada vez que você se divertisse sem mim, é como se cada dia que se passasse sem você me procurar, é como se cada outra pessoa que você beija comprovasse o quanto você é completo na minha ausência. É como se as milhares de minas que eu guardo aqui dentro fossem ativadas. Uma de cada vez. Uma a cada dia. É como se você explodisse aos pouquinhos o que mesmo construiu. Fizemos questão de deixar claro que somos livres, porém unidos pela vontade. É o nosso contrato. Contrato que ninguém pode ver, contrato que não está em papel algum. Contrato feito com o coração, ou com a falta de. Contrato que me anula completamente, que me torna uma peça anatômica frente ao que eu sinto. Não, não é justo. Mas antes que tivesse tempo de concordar com você, me lembrei daquele dia. Aquele dia. Dia aquele que eu pensei que poderia me dar uma nova chance, dia aquele que eu pensei em dar uma nova chance para alguém. Foi nesse dia que, por alguma interferência divina, a gente se cruzou. Eu indo e você vindo com os nossos respectivos e novos alguém's. Foi por lembrar desse dia, foi por lembrar que eu cheguei em casa me sentindo suja por ter a sensação de estar te traindo, foi por lembrar que eu me senti pequenininha por ser tão óbvia a facilidade da minha substituição, foi por lembrar que eu fui obrigada a te ver feliz com alguém que, com certeza, não sentia a metade do que eu sentia e mesmo assim merecia mais do que eu estar ali que eu comecei a achar super justa a possibilidade de poder escolher estar com você de novo. Me disse que não sabia porque fazia aquilo, que um dia ia mudar, que pensava em mim depois. Cada gesto seu recuado, cada atitude sua contida, cada frase sua receosa percorria o meu corpo como se tivessem acabado de despejar um balde de água fria em mim. E eu ficava ali, paralisada, com aquela sensação de gelado que a gente tem quando fica com vergonha e não sabe o que faz. Eu queria só que você me abraçasse e me desse a segurança que me faltava, mas eu já aprendi que não posso esperar que você corresponda a todas as minhas expectativa, por mais que você se esforce. Como se fosse superior a tudo aquilo, como os adultos fazem com a banalidades contadas aos prantos pelas crianças, eu sorri. Sorri, mesmo sabendo que depois, no meio da minha diversão em algum lugar, vou sentar e ficar lá, intacta, olhando fixamente para aquela cadeira vazia. Aquela cadeira é sua mas falta você, e por algum motivo que eu não sei, eu vou achar aquela cadeira tão parecida comigo então. E mesmo com todas as minhas pequenas decepções, e mesmo com toda a sua ausência, e mesmo com todo esse contrato que me desfavorece por completo, eu vou continuar no mesmo lugar, ao lado da cadeira vazia, zelando para que ninguém sente-se nela. Esperando você com a certeza de que não foi por acaso que a gente se esbarrou com os nossos novos alguém's, com a certeza de que é realmente Deus escrevendo certo pelas nossas linhas que, como diria a Tati, se não fossem tão tortas, não teriam se cruzado.</span><br /><span style="font-family:verdana;font-size:85%;"></span><br /><span style="font-family:verdana;"><span style="font-size:85%;">Beijocas :<span style="color:#ff99ff;">*</span></span></span>Caroline Novaishttp://www.blogger.com/profile/09558153409964877824noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-8798696875074674906.post-56983010021923005992009-04-16T18:04:00.000-07:002009-04-16T18:05:19.461-07:00Fobialidade<span style="font-family:verdana;font-size:85%;">Eu não sei ser feliz. Sempre achei isso, mas sempre achei que as pessoas me achariam louca também. Então, não deixando a minha mania de querer agradar a todos menos a mim mesma de lado, engoli. Mas entalou. E não sai. Mesmo se eu beber trezentos litros de água, tossir ou vomitar. Não sai. Fica ali, no meio da minha garganta, me lembrando a todo momento que eu não sei lidar com a tal da felicidade. Não é a rejeição, a saudade, o machucado. Nada disso. Não é a tristeza que doi de verdade. O que doi de verdade é a felicidade. Ser vítima é mais fácil. Lamentar, reclamar, chorar, espernear, culpar. Tudo isso é anos luz mais fácil do que se permitir ser feliz. Sem medo de errar, durante uns noventa por cento da minha vida, eu reclamei por estar gorda, ter cabelo enrolado, estar sozinha, ser feia, desajeitada ou por me sentir excluida. Durante todo esse tempo, eu acordei todos os dias pensando no que poderia fazer para mudar o que me deixava para baixo. Ao mesmo tempo em que eu buscava a felicidade, buscava a mim mesma. A vida é muito complexa, e para diminuir a minha impotência diante a sua complexidade, eu vesti a capa de coitadinha e sai por ai. E agora? O que eu faço? Como eu vou viver sem a minha capa? É como aquela história da terceira perna: não me permitia andar, mas fazia de mim um tripé estável. Não felicidade, não vai embora não! Eu só quero que você me ensine a lidar com a sua vinda, principalmente porque me contaram que esta é sempre breve. Aceita um café? Bolo? Se eu for uma boa anfitriã, a senhora fica mais um pouco? Entre todas as variações da felicidade, a mais difícil é a respectiva ao amor. Independentemente do que se ama, tirando o amor próprio, já que eu nunca o conheci muito bem, se ama aquilo que está fora de nós e, portanto, está fora do nosso controle. Mas sabe, se eu não consigo ao menos controlar as ações provocadas pelos meus próprios hormônios, como eu poderia querer controlar as outras pessoas? Pessoas são complicadas, mas a felicidade é mais. A felicidade me deixa tão leve que eu tenho que me prender a tantas neuras só para não sair voando por ai e, quem sabe, cair sem para quedas de volta a realidade.</span><br /><span style="font-family:verdana;font-size:85%;"></span><br /><span style="font-family:verdana;"><span style="font-size:85%;">Beijocas :<span style="color:#ff99ff;">*</span></span></span>Caroline Novaishttp://www.blogger.com/profile/09558153409964877824noreply@blogger.com10tag:blogger.com,1999:blog-8798696875074674906.post-8774330616439727422009-04-14T12:07:00.000-07:002009-04-14T13:19:40.189-07:00"One step at a time!" ;)<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjuNRHgeun4zms0fEUqumLNmSDVJWKy-6bMaVhbPaj1uKDioebRuuXgi9YiGunwi-43U2k-gNd6hB-mcqU-3UH77f7GtHfT4bqX53lt3PFNPa3y5xEUI9I6jHwqYb0AaQbg9o6s5m8qcCc/s1600-h/Outras+(1151).jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 238px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjuNRHgeun4zms0fEUqumLNmSDVJWKy-6bMaVhbPaj1uKDioebRuuXgi9YiGunwi-43U2k-gNd6hB-mcqU-3UH77f7GtHfT4bqX53lt3PFNPa3y5xEUI9I6jHwqYb0AaQbg9o6s5m8qcCc/s320/Outras+(1151).jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5324644018140555698" /></a><span style="font-family:verdana;font-size:85%;">Revista Capricho<br />Edição nº 1068 - 12 de abril de 2009</span><br /><span style="font-family:verdana;font-size:85%;"></span><br /><span style="font-family:verdana;"><span style="font-size:85%;">Beijocas :<span style="color:#ff99ff;">*</span></span></span>Caroline Novaishttp://www.blogger.com/profile/09558153409964877824noreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-8798696875074674906.post-50039384131377350522009-04-05T16:21:00.000-07:002009-04-05T16:22:57.978-07:00Enfim, eu amo você!<span style="font-family:verdana;font-size:85%;">Vazio. E pela primeira vez eu me sinto tão bem por estar me sentido tão vazia. A razão de todos os meus dias, a tantos e tantos dias, era simplesmente odiar o dia de hoje e todos que ainda viriam. Odiar todas as coisas boas, toda a felicidade que insistia inutilmente em bater a minha porta, já que me permitir ser feliz depois de tudo aquilo, significava me permitir esquecer de você também. E agora? O que farei do meu dia, da minha semana, do meu ano condicionados, quase que exclusivamente, ao lamento e ao ódio que não mais têm razão para existirem? Hoje eu poderia beijar o céu e abraçar as nuvens, já que me sinto tão leve que me sinto capaz de voar também. Eu nunca deixei de acreditar em você, mesmo que com todos os motivos do mundo, eu nunca deixei de acreditar naquele garoto maravilhoso por quem eu me apaixonei. Por um pouco mais de meio ano, eu cuidei para que tudo estivesse perfeito para quando você resolvesse voltar atrás. Mesmo que na calada da noite, mesmo que longe de mim mesma, eu cuidei para que aquele lugarzinho que você tinha dentro de mim nunca acabasse. Nutri todos os meus dias sem vida com toda aquela nova vida maravilhosa que você trouxe. Nutri todos os meus dias confusos com a certeza que eu tinha que, entre uma inspiração e uma expiração na sua nuca, ali era o lugar pelo qual eu esperei a vida inteira. Nutri todos os meus dias chatos lembrando de todos aqueles momentos, que de tão legais, me faziam ter o mesmo sorriso bobo, independentemente de quanto tempo tivesse se passado. Muitos chamaram isso de burrice, outros de massoquismo, mas eu realmente não me importei. Abrir mão de andar para frente só porque andar para trás era ter a certeza de esbarrar com você muitas vezes, era algo forte e maravilhoso demais para qualquer um entender. Às vezes eu começo a observar as pessoas e me dá tanta pena e tanta vontade de rir. Tanta gente por aí se preocupando com tantas coisas bobas, fazendo tantas coisas lamentáveis .. Com certeza, nunca tiveram alguém em suas vidas como eu tenho você na minha. Sem medo de parecer exagerada: você mudou muito a minha forma de ver o mundo. Desde o início, quando você me deu vontade de ir atrás do que eu queria, do que me faria bem, até agora, quando vejo total sentido na frase: "Amigos de verdade beijam na boca!". Sempre achei que as duas coisas não poderiam se misturar, mas hoje vejo o quanto estava errada. Acima de qualquer coisa, eu quero o seu bem, a sua felicidade, a realização dos seus sonhos. Faria qualquer coisa que pudesse para te ajudar nisso e acho que esse é o papel de um amigo. Mas não posso negar que, estar com você, mesmo que só de vez em quando, faz parte de um dos meus sonhos também, e a partir daí começo a concluir que poder te abraçar, te beijar, conversar com você, sentir seu cheiro e sua presença vale mais do que qualquer compromisso. Sei que muitas pessoas não desculpariam o que eu desculpei, mas acho bobagem insistir em bobagens. A gente sempre acha que a morte está longe da gente, mas para morrer basta estar vivo. A vida passa tão de pressa e acho que o maior erro que podemos cometer é não demonstrarmos a quem gostamos o quanto eles são especiais para gente, por orgulho ou por medo. Se hoje me dessem a oportunidade de fazer um pedido em relação a nós dois, eu pediria para que sempre existisse um misto de romance com amizade entre a gente. Assim, como namorado, ficante, ou amigo, assim, de uma forma ou de outra, nós nunca mais ficaríamos separados. Então, termino dizendo o que há muito tempo penso em dizer, sem me preocupar se vai parecer apelativo ou clichê, se vai parecer sincero ou não: eu amo você. Eu amo sim, e amor, é para sempre.</span><br /><span style="font-family:verdana;font-size:85%;"></span><br /><span style="font-family:verdana;"><span style="font-size:85%;">Beijocas :<span style="color:#ff99ff;">*</span></span></span>Caroline Novaishttp://www.blogger.com/profile/09558153409964877824noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-8798696875074674906.post-35585880111773230322009-03-31T12:14:00.000-07:002009-03-31T13:22:07.217-07:00Um dia daqueles<span style="font-family:verdana;font-size:85%;">Voltou. É, eu sei que sempre volta. Mas é melhor pensar que não volta nunca. E volta sempre. É hoje o dia, o dia de sentir todas as dores do mundo, de sofrer por aquilo que não doi mais, de pensar naquilo que não mais existe, de querer gritar o que não pode ser ouvido. É hoje o dia de chorar por tudo e por isso mesmo, é hoje o dia de chorar por nada. Chorar por chorar, chorar tantas coisas juntas que tantas coisas perdem o motivo. Chorar para aliviar, mesmo que o alívio só venha quando o que voltou for embora. Vai embora como veio: do nada. É, é hoje o dia .. E eu só queria alguém que me cheirasse até aspirar todo o meu cheiro, alguém que me olhasse como se eu fosse a única mulher de um mundo cheio de homens, alguém que me ligasse só por ligar, só para ouvir a minha voz, só para falar que me ama. Alguém que segurasse a minha mão, como se esta fosse um oscar, e andasse comigo na rua, como se fosse a passarela do Fashion Week. Alguém que me esperasse na esquina de uma rua simpática e que quando me abraçasse fizesse todo mundo morrer de inveja da nossa felicidade. Alguém que fosse idiota comigo, que achasse graça nas minhas caras bobas e nos meus "oooooooiiiiiin's". Alguém que perguntasse como foi o meu dia e ouvisse com um interesse absurdo o que eu comi no café da manhã. Alguém que .. Ah, chega de drama! Estou precisando de alguém que me pegue de jeito. É, uns beijos, uns amassos .. Nada emocional, só envolvimento físico. Que beleza .. Que tristeza! Não, eu estou precisando na verdade ficar sozinha, ficar quietinha e lamentar não ter aproveitado o tempo, quando eu só queria crescer, porque agora, eu só queria estar protegida no útero da minha mãe. Eu queria entrar numa bolha blindada e não sentir nada. Não queria sentir raiva, dor, cansaço, tédio, alegria, tristeza, amor. Nem amor. Queria virar uma peça anatômica, sem sentimentos, sem expressão facial, em alguma faculdade renomeada só para me abrirem e me estudarem até descobrirem o meu problema, porque sinceramente, nem eu consigo descobrir. E já que hoje é o dia, porque não tentar sofrer um pouco mais? Então eu vou para o shopping e fico andando, procurando em cada vitrine um motivo para chorar. Procurando em cada vitrine um motivo para ter pena de mim por estar ali sozinha procurando motivos. Começou a chover. Yeah, sempre fico deprimida com chuvas! Mas ai a chuva me lembra você. Me lembra aquele vinte de nove de agosto de dois mil e oito, quando eu voltei no meio do maior temporal para casa, me molhando só para sentir que, apesar de você ter ido embora da minha vida com um depoimento naquela merda de orkut que não existia a cinco anos atrás, eu estava viva. Eu iria sobreviver. E eu sobrevivi. Afinal, não estou aqui? É, eu sempre soube. Você não gostava de mim. Nem um tiquinho. E eu gastando todo o meu dinheiro e o meu tempo para tentar me sentir como você e suas escolhidas se sentem fazendo xixi. Porque você não falou logo tudo de uma vez na minha cara? Porque você chegou em casa e me mandou aquela merda? Custava falar pessoalmente aquela enrolação toda? Sei lá, talvez eu me sentisse menos lixo. Eu lembro que perguntava para todo mundo se você ia voltar, mesmo sabendo que você nunca tinha vindo de fato, só para uma hora escutar que sim e poder ir embora para arrumar os preparativos para a hora que você retornasse. Então, eu esperei. Esperei, esperei, esperei, esperei .. E quem sabe, espero até hoje. Ou não. Sofri .. E quem sabe, sofro até hoje. Ou não. Vejo a minha cachorra deitada, toda aberta no sofá. Chego perto. Ela faz tanta festa quando eu chego em casa, gosta tanto dos meus beijos, implora tanto para dormir comigo. Ela precisa tanto de mim .. Porque você não é a minha cachorra? Ei, olha para mim! Eu tento a todo custo fazer você me notar, mesmo que tente me transformar no que eu não sou, no que eu não gosto, no que eu não sinto. Foda-se, você não gosta mesmo de mim .. Ih, vieram me contar que eu agradei a alguém. Nossa, eu agradei a alguém! Viu? Será que foi porque eu me aplumei demais? Ah, eu queria que alguém falasse que eu posso parar de fingir, porque sabe, maquiagem demais e prolongadamente estope os poros e eu já estou a ponto de explodir! Explodir com tantos "se's", com tantos "um dia você encontra", com tantas indiretas tão diretas. Ah, amor da minha vida .. Quem é você mesmo? É, eu falei. É hoje o dia. Dia do que mesmo? Nem eu sei.</span><br /><span style="font-family:verdana;font-size:85%;"></span><br /><span style="font-family:verdana;"><span style="font-size:85%;">Beijocas :<span style="color:#ff99ff;">*</span></span></span>Caroline Novaishttp://www.blogger.com/profile/09558153409964877824noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-8798696875074674906.post-76625723504565336152009-03-30T18:18:00.000-07:002009-03-30T18:19:47.118-07:00Refrigerantes, relacionamentos e outras coisas que engordam<span style="font-family:verdana;font-size:85%;">Quando o assunto é falar ou não a verdade, a opinião é quase unânime: deve ser dita sempre! Todo mundo vira filósofo, exemplo e professor de boas maneiras. Todo mundo recrimina quem não cumpre esta nobre ação, julgando-o e condenando-o. Quanta hipocresia! Quem nunca mentiu que gostou da roupa para não magoar a vovó? Quem nunca disse para a amiga que o cabelo não estava ruim? Quem nunca elaborou e treinou na frente do espelho milhares de formas delicadas de dizer o simples e o óbvio: "Eu não gosto de você!"? A propósito, porque o "Eu não gosto de você!" aterroriza tanto? Eu não gosto de refrigerante, só bebo-o quando estou a ponto de ter miragens e não avisto outro líquido admissível. Eu disse ADMISSÍVEL! Por favor, sem piadinhas! E mesmo assim sacudo e tiro o gás! No copo, se não vaza tudo, mas sacudo e tiro o gás. Fez cara de nojo? Pois é, muitas pessoas fazem. O refrigerante sem gás me agrada e não te agrada, assim como eu não agrado a todo mundo. Pessoas que convivem, beijam na boca, andam de mãos dadas e falam iguais idiotas umas com as outras são os famosos casais. Ou seja, não seja o chato que só considera um casal quanto estes estam a trezentos anos juntos. Beijou é casal, ok? Prosseguindo, as pessoas que nós gostamos, às vezes, não combinam com a gente, sem que isso signifique que nós ou elas somos más pessoas. Tudo na vida é uma eterna aposta, mas como dizem por aí: "Não aguenta, não se envolve!". Como você quer fazer engenharia se não sabe o que é seno? Como você quer ser médico se não aguenta ver sangue? Como você quer ficar "morena da cor do pecado" se toda a sua família é oriunda da Irlanda? Odeio aquela frase: "Ah, se eu soubesse!". Você soube. Você sempre soube. Com raríssimas exceções, nossas consciências em seu mais profundo estado de transe conhecem todas as verdades do mundo. Cabe a nós, seres humanos adoradores das ilusões e dos lamentos, peneirar aquilo que agrada ou não. Veja bem, eu disse o que agrada ou não, não o que é verdade ou não. Diferentemente dos outros tipos de relacionamentos, ser um casal traz consigo a responsabilidade da vida de outra pessoa. Entendo que o "Eu não gosto de você!" é um pouco pesado, feio e, confesso, deixa um pouquinho para baixo, mas deve ser dito. Desta forma ou não, mas deve ser dito. Acima de tudo devemos ser respeitosos. Ninguém é obrigado a gostar de ninguém, mas somos obrigados a respeitar as pessoas, principalmente se estas sentirem por nós o que não somos capazes de sentir por elas. Olhar nos olhos e dizer, mesmo que de uma forma camuflada, torta, deixando sair pelas bordas o verdadeiro sentido, é o mínimo que alguém com hombridade pode fazer. Mas não deixa de ser uma mentira. Mas é uma mentira boa. E assim caminha a humanidade. Enfim, fins de relacionamentos são como refrigerantes: a gente sacode e parece estar tudo bem, mas a mínima abertura que fazemos, faz com que o líquido vaze com uma pressão absurda. Então deixe de ser burro, por favor! Não sacuda-o, abra-o e faça o que tem que ser feito! Mesmo que seja difícil, mesmo que você não queira, mesmo que você não goste. Ou bebe, ou morre de sede, ou seja: ou bebe, ou bebe. Faça você mesmo, ali, com a mão no copo. Antes que tudo escorra pela pia e se misture com o esgoto. Para sempre.</span><br /><span style="font-family:verdana;font-size:85%;"></span><br /><span style="font-family:verdana;"><span style="font-size:85%;">Beijocas :<span style="color:#ff99ff;">*</span></span></span>Caroline Novaishttp://www.blogger.com/profile/09558153409964877824noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-8798696875074674906.post-57750763602302685712009-03-17T13:49:00.000-07:002009-03-17T13:54:42.647-07:00Ah, se eu fosse a Márcia Goldsmith ..<span style="font-family:verdana;font-size:85%;">Nunca vi uma entrevista com alguém desconhecido, mas eu falo tanto de você, eu penso tanto em você, eu respiro tanto você que metade do mundo deve te conhecer. Ou ao menos pensam que te conhecem, assim como eu pensei. Olhando nos seus olhos, já não sei onde está aquele menino que me esperava sempre no mesmo lugar, para a gente sempre fazer as mesmas coisas e eu sempre sentir que, apesar de todos apesares, o que eu mais queria era estar sempre ali, descobrindo a cada segundo um motivo novo para gostar tanto assim dele. Eu começaria perguntando como você se chama, mesmo que eu ainda tenha aquela folha que você rabiscou e esqueceu com o escudo do flamengo e o seu nome. Perguntaria quantos anos você tem, mesmo que eu tenha decorado a data do seu aniversário e queira te abraçar e dizer o quanto eu desejo que você seja feliz, mesmo que ser feliz não combine com estar comigo. Falaria durante horas, só para disfarçar o quanto o meu coração ainda bate forte ao seu lado. Por fim, perguntaria se você não lembra nem um pouquinho ainda de mim, mas desligaria o microfone e iria embora antes da resposta final. Eu sou covarde, assumo. Tenho medo de nunca mais poder lembrar de você como sempre lembro, e inventar tantos finais felizes para o que eu mais desejei que nunca tivesse final.<br />(Texto concorrendo no Tudo de Blog - "Qual seria a sua entrevista perfeita?")</span><br /><span style="font-family:verdana;font-size:85%;"></span><br /><span style="font-family:verdana;"><span style="font-size:85%;">Beijocas :<span style="color:#ff99ff;">*</span></span></span>Caroline Novaishttp://www.blogger.com/profile/09558153409964877824noreply@blogger.com8tag:blogger.com,1999:blog-8798696875074674906.post-3493491100434535522009-03-08T22:10:00.001-07:002009-03-08T22:52:33.995-07:00Aceita o que seja seu, então deita e aceita eu!<span style="font-family:verdana;font-size:85%;">E hoje em dia, o que significa assumir um relacionamento? Será que em meio a milhares de "namorando" no orkut, fotos mostrando momentos supérfluos e nick's com milhares de músicas clichês, assumir algo banalizou, assim como a piadinha do "é pavê ou pacumê?"? Assumir um relacionamento é assumir também parte da vida de outra pessoa, e como o pessoal da medicina diz por aí: "Errar é humano, mas errar com a vida humana é desumano!". A partir do momento que criamos coragem para falar: "estou com você", devemos criar coragem para também assumir o pacote inteiro. Mais do que beijos, abraços, presentes, sexo e momentos bons, estar inteiramente com alguém significa aturar os dias de mau humor, as crises, o ciúme bobo, os cansaço que toda ação contínua traz. Abrir mão do que se quer por algo maior, se colocar no lugar do outro e principalmente aprender que não existem pessoas inteiramente iguais, e que mesmo se existissem, não haveria espaço para se completarem. Tudo que fazemos com nós mesmos, reflete no outro, pois a partir do momento que dividimos nossas escovas de dentes e travesseiros, dividimos também o nosso corpo. Deixamos de ser um só, e viramos dois em um, contrariando toda a lei impenetrabilidade. Acaba aqui a parte antiga do meu texto. Ã? Parte antiga? Assim como o problema de assumir ou não uma relação, eu não consigo assumir sozinha a responsabilidade do que eu publico. Preciso sempre de uma opinião de fora e o que eu ouvi dessa vez foi um: "Texto bom, mas não te vi nele.". Olho para o relógio. Uma da manhã. Tenho tempo, mais uma meia hora deve resolver. Quanto tempo mais será que eu ainda preciso para assumir que eu não quero me assumir? Em meio a tantos textos decididos e independentes, se esconde alguém frágil. Alguém que aprendeu a escrever para esconder justamente isso que agora vocês querem ver. Sim, eu já joguei no time das não assumidas, e ainda pertenci ao banco de reserva. Quando não assumem a gente, a gente passa a não se assumir também. Lembro do quanto meu corpo parecia pesar. Tudo que eu queria era uma fralda geriátrica, só para poder fazer xixi deitada e não ter que levantar e encarar aquele grande espelho, que se tornou gigante, na entrada do banheiro. Cabelo, pele, unha, roupa? Que diferença faria? Arrumada ou não, estaria escrito um REJEITADA enorme na minha testa que corretivo nenhum iria resolver. Nunca consegui disfarçar nada. Até minha felicidade forçada me entregava. Parecia mais forçada do que realmente era, só para deixar transparecer a força que eu fazia para me manter forte. Não adiantava, eu havia sido desprezada e o mais triste era que eu me permiti a não ser assumida. Assumo. Sabia aonde estava me metendo e mergulhei de cabeça, corpo e alma nessa merda toda. Até o dia que resolveram dar a descarga mas esqueceram que o nó na minha garganta não passaria pelo único e estreito cano de verdades. Não teve jeito, eu tive que aprender a conviver com aquele REJEITADA piscando dia e noite na minha testa, como se fosse um outdoor de motel, até o dia que cada uma daquelas ofuscantes e vergonhosas luzes foram queimando, uma a uma. Não só as luzes da entrada do motel foram apagadas. Apagou-se também aquilo que mantinha o passado tão presente, e assim, o cheirinho de queimado se misturou com o cheirinho de vida nova. O cheirinho do vestido novo, do perfume novo, do scarpin novo, das possibilidades novas. Dói, mas usando aquela frase clássica: passa. Não tem jeito. Acho que depois da morte, é a maior certeza do mundo. Ah, é a terceira! Esqueci que eu nunca aprender é a segunda. Eu apanho, eu caio, eu rastejo, mas eu não aprendo. E nem quero aprender. Tudo que eu quero é ver a última luz se apagar, todas as vezes que eu precisar de um motivo para continuar correr, correr e correr atrás desse futuro que nunca vira presente.<br />(Texto concorrendo no Tudo de Blog - "Você já passou por uma relação não assumida?")</span><br /><span style="font-family:verdana;font-size:85%;"></span><br /><span style="font-family:verdana;"><span style="font-size:85%;">Beijocas :<span style="color:#ff99ff;">*</span></span></span>Caroline Novaishttp://www.blogger.com/profile/09558153409964877824noreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-8798696875074674906.post-15354999527836422012009-03-03T14:54:00.000-08:002009-03-08T22:49:54.444-07:00Nossa caixa da verdade. Ainda sem tampa.<span style="font-family:verdana;font-size:85%;">Agora que as pessoas querem me ouvir, você me ouve também? Agora que me deram o direito de falar, você me dá também? Eu sou anônima para o mundo, mas não posso fazer nada se nossas consciências conhecem a verdade de tudo. Não precisa se esconder das verdades que mais cedo ou mais tarde você vai acabar percebendo, não precisa me ignorar com um ar tão incomodado, não precisa repetir para Deus e o mundo o quanto você é magnífico por ter tentado. Só senta e me ouve. Ou melhor, lê. Você tirou a minha acomodação com o passado e me fez descobrir um mundo totalmente novo, fez eu me sentir como a muito tempo eu não sentia, deixando os clichês de lado. Você, durante aqueles aproximados dois meses, fez eu ter vontade de acordar, fez eu ter vontade de sorrir, fez eu ter vontade de viver e por isso que eu ignoro quando falam que o que eu sentia não era verdadeiramente forte. Se ter vontade de viver não for algo grandioso, por favor me matem, pois não teria sentido nenhum eu continuar aqui. Tempo é algo relativo, principalmente aquele tempo que eu ousei chamar de meu. Aquele tempo entre uma inspiração e uma expiração na sua nuca, me fazendo perceber que eu esperei a vida inteira para sentir o que eu sentia com você. "Dois meses não é tempo o suficiente para gostar", foi isso que sempre me falaram. Mas quem disse que a medida que eu usei foram meses, dias, horas, ou anos? Eu usei o friozinho na barriga antes de te encontrar, o intervalo de tempo entre a perna direita e a esquerda tremerem, a vontade de te apertar e fazer você se misturar de alguma forma comigo, com a minha pele. Eu usei como medida todas as sensações velhas porém reformuladas que você trouxe, mas existem pessoas incapazes de compreendê-las. Infelizmente, você é uma delas. Hoje, a primeira oportunidade que eu tenho de anunciar ao mundo o mundo incrível que eu descobri quando decobri no barulho do seu sorriso a trilha sonora perfeita para a minha vida, é também a primeira oportunidade que eu tenho de te agradecer por ter ido embora. Obrigada pelo peso da culpa que eu carreguei sozinha, obrigada pelos dias que eu não vi motivo para sorrir, obrigada pelas milhares de horas que eu me consumi tentando entender porque de tudo isso. Foi para vencer todas essas coisas que eu comecei a escrever, foi para suprir a dor de ver você virando a esquina sabendo que era a nossa última vez que eu me agarrei a única ferramenta para expelir o que você me impediu. Hoje eu me sinto mais completa por poder traduzir tantas coisas que sempre latejaram na minha cabeça, pois quando eu senti a dor de perder você, eu senti a dor do mundo, chorei por aquilo que eu pensei já ter esquecido. Hoje eu estou aqui sendo lida por tantas pessoas e você, que junto a mim era protagonista, agora se torna apenas mais um entre tantos outros na platéia. Você foi só uma passagem. Uma passagem para todo o oceano de oportunidades que se abriu a minha frente quando eu finalmente compreendi que não se pode navegar em águas rasas. A gente até anda um pouco, mas chega uma hora que encalha.<br />(Texto concorrendo no Tudo de Blog - "O que você mandaria anonimanente para alguém?)</span><br /><span style="font-family:verdana;font-size:85%;"></span><br /><span style="font-family:verdana;"><span style="font-size:85%;">Beijocas :<span style="color:#ff99ff;">*</span></span></span>Caroline Novaishttp://www.blogger.com/profile/09558153409964877824noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-8798696875074674906.post-78511859204835969392009-03-03T11:50:00.000-08:002009-03-03T14:14:52.558-08:00TROTE TUDO DE BLOG 2009 =)<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhcJKLXg0G32iBRzC-y5YyOhj3Vdby466dbZ9N676s06UGrSK2gpPeTEtGHM717TK_RAp1mk4bmVf899-v4gED94MT3_zOQoTc3rO0Olp5kB7BH624Sl_OZtx24pXjarKGfEbeVOwiAuic/s1600-h/Book+(15).jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 214px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhcJKLXg0G32iBRzC-y5YyOhj3Vdby466dbZ9N676s06UGrSK2gpPeTEtGHM717TK_RAp1mk4bmVf899-v4gED94MT3_zOQoTc3rO0Olp5kB7BH624Sl_OZtx24pXjarKGfEbeVOwiAuic/s320/Book+(15).jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5309051631269350914" /></a> <span style="font-family:verdana;font-size:85%;">Bom, tá ai a "pose de deusa", primeira parte do trote das calouras do Tudo de Blog 2009 (vergonha MÁXIMA! hahaha). Vi agora que tem a segunda parte e que por acaso é para amanhã! :O Me desculpem, sinceramente, se eu não conseguir cumprir mas estou estudando freneticamente para ser a mais nova caloura também de medicina em alguma faculdade pública! hahaha ..</span><br /><span style="font-family:verdana;font-size:85%;"></span><br /><span style="font-family:verdana;"><span style="font-size:85%;">Beijocas :<span style="color:#ff99ff;">*</span></span></span>Caroline Novaishttp://www.blogger.com/profile/09558153409964877824noreply@blogger.com0