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terça-feira, 31 de março de 2009

Um dia daqueles

Voltou. É, eu sei que sempre volta. Mas é melhor pensar que não volta nunca. E volta sempre. É hoje o dia, o dia de sentir todas as dores do mundo, de sofrer por aquilo que não doi mais, de pensar naquilo que não mais existe, de querer gritar o que não pode ser ouvido. É hoje o dia de chorar por tudo e por isso mesmo, é hoje o dia de chorar por nada. Chorar por chorar, chorar tantas coisas juntas que tantas coisas perdem o motivo. Chorar para aliviar, mesmo que o alívio só venha quando o que voltou for embora. Vai embora como veio: do nada. É, é hoje o dia .. E eu só queria alguém que me cheirasse até aspirar todo o meu cheiro, alguém que me olhasse como se eu fosse a única mulher de um mundo cheio de homens, alguém que me ligasse só por ligar, só para ouvir a minha voz, só para falar que me ama. Alguém que segurasse a minha mão, como se esta fosse um oscar, e andasse comigo na rua, como se fosse a passarela do Fashion Week. Alguém que me esperasse na esquina de uma rua simpática e que quando me abraçasse fizesse todo mundo morrer de inveja da nossa felicidade. Alguém que fosse idiota comigo, que achasse graça nas minhas caras bobas e nos meus "oooooooiiiiiin's". Alguém que perguntasse como foi o meu dia e ouvisse com um interesse absurdo o que eu comi no café da manhã. Alguém que .. Ah, chega de drama! Estou precisando de alguém que me pegue de jeito. É, uns beijos, uns amassos .. Nada emocional, só envolvimento físico. Que beleza .. Que tristeza! Não, eu estou precisando na verdade ficar sozinha, ficar quietinha e lamentar não ter aproveitado o tempo, quando eu só queria crescer, porque agora, eu só queria estar protegida no útero da minha mãe. Eu queria entrar numa bolha blindada e não sentir nada. Não queria sentir raiva, dor, cansaço, tédio, alegria, tristeza, amor. Nem amor. Queria virar uma peça anatômica, sem sentimentos, sem expressão facial, em alguma faculdade renomeada só para me abrirem e me estudarem até descobrirem o meu problema, porque sinceramente, nem eu consigo descobrir. E já que hoje é o dia, porque não tentar sofrer um pouco mais? Então eu vou para o shopping e fico andando, procurando em cada vitrine um motivo para chorar. Procurando em cada vitrine um motivo para ter pena de mim por estar ali sozinha procurando motivos. Começou a chover. Yeah, sempre fico deprimida com chuvas! Mas ai a chuva me lembra você. Me lembra aquele vinte de nove de agosto de dois mil e oito, quando eu voltei no meio do maior temporal para casa, me molhando só para sentir que, apesar de você ter ido embora da minha vida com um depoimento naquela merda de orkut que não existia a cinco anos atrás, eu estava viva. Eu iria sobreviver. E eu sobrevivi. Afinal, não estou aqui? É, eu sempre soube. Você não gostava de mim. Nem um tiquinho. E eu gastando todo o meu dinheiro e o meu tempo para tentar me sentir como você e suas escolhidas se sentem fazendo xixi. Porque você não falou logo tudo de uma vez na minha cara? Porque você chegou em casa e me mandou aquela merda? Custava falar pessoalmente aquela enrolação toda? Sei lá, talvez eu me sentisse menos lixo. Eu lembro que perguntava para todo mundo se você ia voltar, mesmo sabendo que você nunca tinha vindo de fato, só para uma hora escutar que sim e poder ir embora para arrumar os preparativos para a hora que você retornasse. Então, eu esperei. Esperei, esperei, esperei, esperei .. E quem sabe, espero até hoje. Ou não. Sofri .. E quem sabe, sofro até hoje. Ou não. Vejo a minha cachorra deitada, toda aberta no sofá. Chego perto. Ela faz tanta festa quando eu chego em casa, gosta tanto dos meus beijos, implora tanto para dormir comigo. Ela precisa tanto de mim .. Porque você não é a minha cachorra? Ei, olha para mim! Eu tento a todo custo fazer você me notar, mesmo que tente me transformar no que eu não sou, no que eu não gosto, no que eu não sinto. Foda-se, você não gosta mesmo de mim .. Ih, vieram me contar que eu agradei a alguém. Nossa, eu agradei a alguém! Viu? Será que foi porque eu me aplumei demais? Ah, eu queria que alguém falasse que eu posso parar de fingir, porque sabe, maquiagem demais e prolongadamente estope os poros e eu já estou a ponto de explodir! Explodir com tantos "se's", com tantos "um dia você encontra", com tantas indiretas tão diretas. Ah, amor da minha vida .. Quem é você mesmo? É, eu falei. É hoje o dia. Dia do que mesmo? Nem eu sei.

Beijocas :*

segunda-feira, 30 de março de 2009

Refrigerantes, relacionamentos e outras coisas que engordam

Quando o assunto é falar ou não a verdade, a opinião é quase unânime: deve ser dita sempre! Todo mundo vira filósofo, exemplo e professor de boas maneiras. Todo mundo recrimina quem não cumpre esta nobre ação, julgando-o e condenando-o. Quanta hipocresia! Quem nunca mentiu que gostou da roupa para não magoar a vovó? Quem nunca disse para a amiga que o cabelo não estava ruim? Quem nunca elaborou e treinou na frente do espelho milhares de formas delicadas de dizer o simples e o óbvio: "Eu não gosto de você!"? A propósito, porque o "Eu não gosto de você!" aterroriza tanto? Eu não gosto de refrigerante, só bebo-o quando estou a ponto de ter miragens e não avisto outro líquido admissível. Eu disse ADMISSÍVEL! Por favor, sem piadinhas! E mesmo assim sacudo e tiro o gás! No copo, se não vaza tudo, mas sacudo e tiro o gás. Fez cara de nojo? Pois é, muitas pessoas fazem. O refrigerante sem gás me agrada e não te agrada, assim como eu não agrado a todo mundo. Pessoas que convivem, beijam na boca, andam de mãos dadas e falam iguais idiotas umas com as outras são os famosos casais. Ou seja, não seja o chato que só considera um casal quanto estes estam a trezentos anos juntos. Beijou é casal, ok? Prosseguindo, as pessoas que nós gostamos, às vezes, não combinam com a gente, sem que isso signifique que nós ou elas somos más pessoas. Tudo na vida é uma eterna aposta, mas como dizem por aí: "Não aguenta, não se envolve!". Como você quer fazer engenharia se não sabe o que é seno? Como você quer ser médico se não aguenta ver sangue? Como você quer ficar "morena da cor do pecado" se toda a sua família é oriunda da Irlanda? Odeio aquela frase: "Ah, se eu soubesse!". Você soube. Você sempre soube. Com raríssimas exceções, nossas consciências em seu mais profundo estado de transe conhecem todas as verdades do mundo. Cabe a nós, seres humanos adoradores das ilusões e dos lamentos, peneirar aquilo que agrada ou não. Veja bem, eu disse o que agrada ou não, não o que é verdade ou não. Diferentemente dos outros tipos de relacionamentos, ser um casal traz consigo a responsabilidade da vida de outra pessoa. Entendo que o "Eu não gosto de você!" é um pouco pesado, feio e, confesso, deixa um pouquinho para baixo, mas deve ser dito. Desta forma ou não, mas deve ser dito. Acima de tudo devemos ser respeitosos. Ninguém é obrigado a gostar de ninguém, mas somos obrigados a respeitar as pessoas, principalmente se estas sentirem por nós o que não somos capazes de sentir por elas. Olhar nos olhos e dizer, mesmo que de uma forma camuflada, torta, deixando sair pelas bordas o verdadeiro sentido, é o mínimo que alguém com hombridade pode fazer. Mas não deixa de ser uma mentira. Mas é uma mentira boa. E assim caminha a humanidade. Enfim, fins de relacionamentos são como refrigerantes: a gente sacode e parece estar tudo bem, mas a mínima abertura que fazemos, faz com que o líquido vaze com uma pressão absurda. Então deixe de ser burro, por favor! Não sacuda-o, abra-o e faça o que tem que ser feito! Mesmo que seja difícil, mesmo que você não queira, mesmo que você não goste. Ou bebe, ou morre de sede, ou seja: ou bebe, ou bebe. Faça você mesmo, ali, com a mão no copo. Antes que tudo escorra pela pia e se misture com o esgoto. Para sempre.

Beijocas :*

terça-feira, 17 de março de 2009

Ah, se eu fosse a Márcia Goldsmith ..

Nunca vi uma entrevista com alguém desconhecido, mas eu falo tanto de você, eu penso tanto em você, eu respiro tanto você que metade do mundo deve te conhecer. Ou ao menos pensam que te conhecem, assim como eu pensei. Olhando nos seus olhos, já não sei onde está aquele menino que me esperava sempre no mesmo lugar, para a gente sempre fazer as mesmas coisas e eu sempre sentir que, apesar de todos apesares, o que eu mais queria era estar sempre ali, descobrindo a cada segundo um motivo novo para gostar tanto assim dele. Eu começaria perguntando como você se chama, mesmo que eu ainda tenha aquela folha que você rabiscou e esqueceu com o escudo do flamengo e o seu nome. Perguntaria quantos anos você tem, mesmo que eu tenha decorado a data do seu aniversário e queira te abraçar e dizer o quanto eu desejo que você seja feliz, mesmo que ser feliz não combine com estar comigo. Falaria durante horas, só para disfarçar o quanto o meu coração ainda bate forte ao seu lado. Por fim, perguntaria se você não lembra nem um pouquinho ainda de mim, mas desligaria o microfone e iria embora antes da resposta final. Eu sou covarde, assumo. Tenho medo de nunca mais poder lembrar de você como sempre lembro, e inventar tantos finais felizes para o que eu mais desejei que nunca tivesse final.
(Texto concorrendo no Tudo de Blog - "Qual seria a sua entrevista perfeita?")


Beijocas :*

domingo, 8 de março de 2009

Aceita o que seja seu, então deita e aceita eu!

E hoje em dia, o que significa assumir um relacionamento? Será que em meio a milhares de "namorando" no orkut, fotos mostrando momentos supérfluos e nick's com milhares de músicas clichês, assumir algo banalizou, assim como a piadinha do "é pavê ou pacumê?"? Assumir um relacionamento é assumir também parte da vida de outra pessoa, e como o pessoal da medicina diz por aí: "Errar é humano, mas errar com a vida humana é desumano!". A partir do momento que criamos coragem para falar: "estou com você", devemos criar coragem para também assumir o pacote inteiro. Mais do que beijos, abraços, presentes, sexo e momentos bons, estar inteiramente com alguém significa aturar os dias de mau humor, as crises, o ciúme bobo, os cansaço que toda ação contínua traz. Abrir mão do que se quer por algo maior, se colocar no lugar do outro e principalmente aprender que não existem pessoas inteiramente iguais, e que mesmo se existissem, não haveria espaço para se completarem. Tudo que fazemos com nós mesmos, reflete no outro, pois a partir do momento que dividimos nossas escovas de dentes e travesseiros, dividimos também o nosso corpo. Deixamos de ser um só, e viramos dois em um, contrariando toda a lei impenetrabilidade. Acaba aqui a parte antiga do meu texto. Ã? Parte antiga? Assim como o problema de assumir ou não uma relação, eu não consigo assumir sozinha a responsabilidade do que eu publico. Preciso sempre de uma opinião de fora e o que eu ouvi dessa vez foi um: "Texto bom, mas não te vi nele.". Olho para o relógio. Uma da manhã. Tenho tempo, mais uma meia hora deve resolver. Quanto tempo mais será que eu ainda preciso para assumir que eu não quero me assumir? Em meio a tantos textos decididos e independentes, se esconde alguém frágil. Alguém que aprendeu a escrever para esconder justamente isso que agora vocês querem ver. Sim, eu já joguei no time das não assumidas, e ainda pertenci ao banco de reserva. Quando não assumem a gente, a gente passa a não se assumir também. Lembro do quanto meu corpo parecia pesar. Tudo que eu queria era uma fralda geriátrica, só para poder fazer xixi deitada e não ter que levantar e encarar aquele grande espelho, que se tornou gigante, na entrada do banheiro. Cabelo, pele, unha, roupa? Que diferença faria? Arrumada ou não, estaria escrito um REJEITADA enorme na minha testa que corretivo nenhum iria resolver. Nunca consegui disfarçar nada. Até minha felicidade forçada me entregava. Parecia mais forçada do que realmente era, só para deixar transparecer a força que eu fazia para me manter forte. Não adiantava, eu havia sido desprezada e o mais triste era que eu me permiti a não ser assumida. Assumo. Sabia aonde estava me metendo e mergulhei de cabeça, corpo e alma nessa merda toda. Até o dia que resolveram dar a descarga mas esqueceram que o nó na minha garganta não passaria pelo único e estreito cano de verdades. Não teve jeito, eu tive que aprender a conviver com aquele REJEITADA piscando dia e noite na minha testa, como se fosse um outdoor de motel, até o dia que cada uma daquelas ofuscantes e vergonhosas luzes foram queimando, uma a uma. Não só as luzes da entrada do motel foram apagadas. Apagou-se também aquilo que mantinha o passado tão presente, e assim, o cheirinho de queimado se misturou com o cheirinho de vida nova. O cheirinho do vestido novo, do perfume novo, do scarpin novo, das possibilidades novas. Dói, mas usando aquela frase clássica: passa. Não tem jeito. Acho que depois da morte, é a maior certeza do mundo. Ah, é a terceira! Esqueci que eu nunca aprender é a segunda. Eu apanho, eu caio, eu rastejo, mas eu não aprendo. E nem quero aprender. Tudo que eu quero é ver a última luz se apagar, todas as vezes que eu precisar de um motivo para continuar correr, correr e correr atrás desse futuro que nunca vira presente.
(Texto concorrendo no Tudo de Blog - "Você já passou por uma relação não assumida?")


Beijocas :*

terça-feira, 3 de março de 2009

Nossa caixa da verdade. Ainda sem tampa.

Agora que as pessoas querem me ouvir, você me ouve também? Agora que me deram o direito de falar, você me dá também? Eu sou anônima para o mundo, mas não posso fazer nada se nossas consciências conhecem a verdade de tudo. Não precisa se esconder das verdades que mais cedo ou mais tarde você vai acabar percebendo, não precisa me ignorar com um ar tão incomodado, não precisa repetir para Deus e o mundo o quanto você é magnífico por ter tentado. Só senta e me ouve. Ou melhor, lê. Você tirou a minha acomodação com o passado e me fez descobrir um mundo totalmente novo, fez eu me sentir como a muito tempo eu não sentia, deixando os clichês de lado. Você, durante aqueles aproximados dois meses, fez eu ter vontade de acordar, fez eu ter vontade de sorrir, fez eu ter vontade de viver e por isso que eu ignoro quando falam que o que eu sentia não era verdadeiramente forte. Se ter vontade de viver não for algo grandioso, por favor me matem, pois não teria sentido nenhum eu continuar aqui. Tempo é algo relativo, principalmente aquele tempo que eu ousei chamar de meu. Aquele tempo entre uma inspiração e uma expiração na sua nuca, me fazendo perceber que eu esperei a vida inteira para sentir o que eu sentia com você. "Dois meses não é tempo o suficiente para gostar", foi isso que sempre me falaram. Mas quem disse que a medida que eu usei foram meses, dias, horas, ou anos? Eu usei o friozinho na barriga antes de te encontrar, o intervalo de tempo entre a perna direita e a esquerda tremerem, a vontade de te apertar e fazer você se misturar de alguma forma comigo, com a minha pele. Eu usei como medida todas as sensações velhas porém reformuladas que você trouxe, mas existem pessoas incapazes de compreendê-las. Infelizmente, você é uma delas. Hoje, a primeira oportunidade que eu tenho de anunciar ao mundo o mundo incrível que eu descobri quando decobri no barulho do seu sorriso a trilha sonora perfeita para a minha vida, é também a primeira oportunidade que eu tenho de te agradecer por ter ido embora. Obrigada pelo peso da culpa que eu carreguei sozinha, obrigada pelos dias que eu não vi motivo para sorrir, obrigada pelas milhares de horas que eu me consumi tentando entender porque de tudo isso. Foi para vencer todas essas coisas que eu comecei a escrever, foi para suprir a dor de ver você virando a esquina sabendo que era a nossa última vez que eu me agarrei a única ferramenta para expelir o que você me impediu. Hoje eu me sinto mais completa por poder traduzir tantas coisas que sempre latejaram na minha cabeça, pois quando eu senti a dor de perder você, eu senti a dor do mundo, chorei por aquilo que eu pensei já ter esquecido. Hoje eu estou aqui sendo lida por tantas pessoas e você, que junto a mim era protagonista, agora se torna apenas mais um entre tantos outros na platéia. Você foi só uma passagem. Uma passagem para todo o oceano de oportunidades que se abriu a minha frente quando eu finalmente compreendi que não se pode navegar em águas rasas. A gente até anda um pouco, mas chega uma hora que encalha.
(Texto concorrendo no Tudo de Blog - "O que você mandaria anonimanente para alguém?)


Beijocas :*

TROTE TUDO DE BLOG 2009 =)

Bom, tá ai a "pose de deusa", primeira parte do trote das calouras do Tudo de Blog 2009 (vergonha MÁXIMA! hahaha). Vi agora que tem a segunda parte e que por acaso é para amanhã! :O Me desculpem, sinceramente, se eu não conseguir cumprir mas estou estudando freneticamente para ser a mais nova caloura também de medicina em alguma faculdade pública! hahaha ..

Beijocas :*